No dia nacional de combate ao sedentarismo, alunas da Faetec falam da importância da atividade física para manter o equilíbrio entre corpo e a mente

Segundo dados da OMS, o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e o quinto no mundo nesta condição, com 43% da população que não realiza, pelo menos, 150 minutos semanais, ou seja, 30 minutos diários de atividade física. Dentro deste percentual, 84% são jovens que se mantêm inativos sem dedicar um período do dia à prática de qualquer modalidade desportiva ou um treino geral.

Além da excelência na qualificação e formação técnica, a Fundação de Apoio à Escola Técnica oferece, em 10 de suas unidades, atividades físicas diversas, que contemplam o público externo. Criado em 1996, o projeto coordenado pelo professor Jorge Columá, recebe cerca de 15.000 alunos da comunidade. São jovens, adultos e a população 50+ que, além da prática de esportes como incentivo para uma vida mais saudável fisicamente, também têm nessas atividades uma válvula de escape para diminuir sintomas de ansiedade, insegurança e sedentarismo. Segundo Jorge Columá, coordenador geral de esportes da Faetec, as atividades integram um tripé conceitual, característico da rede.

“Ludicidade, escolaridade e trabalho. O esporte, assim como a arte, ajuda na formação integral do ser humano e aqui a gente incentiva a prática da atividade, seja ela o treino funcional, a natação, dança, ou hidroginástica, o que vale é movimentar o corpo. Muitos atletas de alto nível e professores são oriundos das oficinas esportivas da rede Faetec e nos orgulhamos muito disto”, diz o docente de 56 anos, servidor da instituição desde 1996.

Nossa proposta é mostrar essas atividades acontecendo em uma das 10 unidades, com depoimentos de alunas como Ilma, 50 anos, aluna de musculação.
“Comecei a me exercitar por conta da saúde e das dores que sentia. Frequento a musculação na Faetec há quase um ano e posso dizer que sou muito mais feliz e bem disposta, porque passei a inserir a atividade na minha rotina. Faço funcional, caminhada também e não é por razões estéticas, mas pelo meu bem-estar,” comenta ela fazendo coro com a colega Carla, que frequenta o espaço há dois anos e considera a musculação uma verdadeira terapia.

“Vim  para a musculação por indicação de uma amiga que me encorajou muito pois eu estava realmente sedentária e um pouco depressiva no período pós pandemia. O exercício físico é necessário, não só para a saúde física, mas para a saúde mental, porque nos ajuda a manter o equilíbrio, elimina a ansiedade e tem me ajudado muito também com minha autoestima. Quando estou na aula, esqueço tudo, essa é uma verdadeira terapia”, diz.

Para a professora Daniela de Paula, o importante no combate ao sedentarismo é movimentar o corpo, dar o primeiro passo.

“Eu acho de fundamental importância, porque a aula de jazz trabalha não só a questão física,  mas ela trabalha o contexto, a parte afetiva, emocional, a autoestima do aluno se torna mais elevada além da alegria que a dança traz. Temos muitas alunas que chegaram aqui tristes,  algumas com crise de ansiedade, depressão, e encontraram na dança e no convívio com outras alunas, uma motivação para superar essas dores”, relata a professora de dança.

Entre tantas histórias de motivação encontradas nas aulas de dança,  Denise e Nani são grandes divulgadoras dos benefícios que encontraram na prática do exercício. Aos 42 anos, Denise decidiu mudar seu estilo de vida começando pela atividade física e há seis meses descobriu as aulas de jazz. “Cheguei aqui com dor em todas as partes do corpo, principalmente nas costas e hoje estou ótima, sem contar na minha autoestima, que está cada vez mais elevada”, diz ela.

Já Nani, resolveu aproveitar melhor o tempo ocioso. Aos 54 anos, ela é mãe de uma filha especial, aluna da Favo de Mel, começou a frequentar as aulas de dança para preencher o tempo vago até o horário de saída.

“A dança é minha vida e eu só vejo modificações positivas desde que cheguei para fazer uma aula experimental e isto tem 05 anos. Sempre fui sedentária e ouvia das pessoas que eu estava ótima, mas sabia que não era bem assim. Meu colesterol estava alto, eu não tinha flexibilidade, equilíbrio e estava com sobrepeso. Hoje, ninguém diz que sou avó, meu astral vive lá em cima e vou iniciar o desafio de fazer, aqui na Faetec, as aulas de sapateado. Meu conselho é para as pessoas aproveitem as oportunidades e se movimentarem pelo seu bem-estar, pela saúde e também para manter a mente em equilíbrio, além da beleza do corpo”.

Assessoria Comunicação – FAETEC