O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o ex-vereador carioca Cristiano Girão pelo atentado contra um rival. Segundo o MPRJ, o crime foi encomendado em 2014 ao PM reformado Ronnie Lessa, preso pela morte da vereadora Marielle Franco.
O MPRJ pediu a prisão de Ronnie Lessa e Cristiano Girão pela morte do casal. As revelações foram publicadas pelo jornal “O Globo” neste domingo (18).
O ex-policial André Henrique da Silva Souza, o Zóio, e a companheira dele, Juliana Sales Oliveira, sofreram uma emboscada na Gardênia Azul, em Jacarepaguá. O casal estava num carro em movimento quando os disparos aconteceram, vindos de outro carro.
A razão para o atentado, segundo o MPRJ, era a disputa por milicianos pelo controle da Gardênia Azul.
A força-tarefa do Caso Marielle do Ministério Público e a Delegacia de Homicídios da Capital concluíram as investigações deste outro crime, que, para os investigadores, demonstram o elo entre Ronnie Lessa — apontado como assassino de Marielle — e Cristiano Girão.
Girão passou a ser suspeito de ter encomendado também a morte de Marielle Franco.
No celular de Ronnie Lessa, foi identificada uma busca no Google para pesquisar informações divulgadas pela imprensa sobre a morte de Zóio.
A pesquisa foi feita em 2018, quatro anos depois do crime. O interesse num caso antigo fez com que ele passasse a ser investigado pelo assassinato.
Dados telemáticos — coletados através de antenas de celular — revelaram que Lessa estava na Gardênia no dia da emboscada. Ele também foi visto por duas testemunhas.
Surpreso
A defesa de Cristiano Girão afirmou que o ex-vereador recebeu com surpresa a notícia do suposto envolvimento no homicídio, porque na época do crime, em 2014, ele estava em um presídio de segurança máxima fora do Rio de Janeiro.
Disse ainda que Girão não tem e nunca teve ligação com Ronnie Lessa e que ele não exerce nenhuma influência política na região. A defesa de girão nega que o ex-vereador tenha ligação com organizações criminosas que eventualmente atuem no local e que ele não mora no Rio desde 2009, quando foi preso.
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