Ainda há vagas para voluntários de testes de vacina chinesa em Niterói

Diana Pires

As inscrições para participar dos testes da vacina chinesa CoronaVac, disponibilizada pela prefeitura de Niterói apenas para profissionais de saúde, ainda estão abertas. Cerca de 850 pessoas já se cadastraram na iniciativa.
Apesar da testagem se destinar a 850 profissionais, alguns voluntários que se inscreveram até a último quarta-feira (26) ainda não haviam passado por uma triagem. Dessa forma, ainda há vagas disponíveis.

A vacinação ocorre por meio de uma parceria da prefeitura de Niterói, o Instituto Butantan, responsável pela pesquisa no país, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que coordena o estudo no estado. A CoronaVac, que é desenvolvida pelo laboratório Sinovac Biotech, passa por um ensaio clínico que avalia a eficácia contra o novo coronavírus.

O estudo ocorre em 11 locais do Brasil e, no Rio de Janeiro, a cidade de Niterói é a única a participar da iniciativa. Ao todo, a expectativa é testar 9 mil brasileiros no país. O laboratório Sinovac já fez testagem, nas fases 1 e 2, em cerca de 1 mil pessoas na China. O modelo experimental foi aplicado em macacos e apresentou resultados expressivos, de acordo com o município.

De acordo com a prefeitura de Niterói, caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Instituto Butantan firmarão um acordo de transferência de tecnologia para a produção em escala industrial no Brasil – para fornecimento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) – e na China.

Para participar dos testes, há uma série de restrições, como:
Não ter sido infectado pelo novo coronavírus; Não participar de outros estudos; Não estar grávida nem com planejamento de gravidez para os próximos três meses; Não ter doença instável; Não precisar tomar medicações que alterem a resposta imune.

Os profissionais da saúde que desejam participar dos testes devem enviar e-mail para o endereço vacinacovid19vitalbrasil@gmail.com com o nome completo, um telefone para contato, ocupação e instituição.
Os voluntários passam ainda por entrevistas e avaliações médicas e, se concordarem com os termos do estudo, recebem duas doses da vacina. Entre uma vacinação e outra há 14 dias de intervalo. Pesquisadores monitoram, durante um ano, os profissionais de saúde para uma análise dos resultados sobre a eficácia da vacina, além da existência ou não de possíveis reações adversas.