O bom início de Campeonato Brasileiro anima, mas não deixa a direção do Vasco satisfeita. O clube ainda planeja encorpar o elenco e busca reforços para a sequência da temporada. Um meia e um atacante são as prioridades no momento.
Diante da maratona insana que será o restante do ano, Ramon Menezes deixou claro que pretende usar todo elenco. Em sete jogos do Brasileirão, por exemplo, 26 jogadores foram aproveitados. Consequentemente o Vasco pretende qualificar o setor ofensivo. Protagonistas do bom momento, Benítez e Cano, por exemplo, não têm reservas à altura.
Como sempre, no entanto, se reforçar sem dinheiro em caixa é uma missão ardilosa. O Vasco monitora o mercado para dar tiros certeiros, como ocorreu com a dupla argentina. Ainda há espaço para um ligeiro aumento na folha salarial, hoje na casa de R$ 4 milhões. O clube está disposto a esticar um pouco a corda até R$ 4,2 milhões.
A eventual saída de Rafael Galhardo é discutida e traria um alívio na folha. Fora dos planos, o lateral entrou na Justiça sem sucesso para rescindir unilateralmente. O clube tenta emprestá-lo. Há algumas semanas o Vasco avaliou a contratação de Ricardo Quaresma, oferecido por meio de intermediários, segundo apurou o jornalista André Galindo. O negócio não foi adiante devido aos valores envolvidos. A prioridade é manter o acordo com os jogadores e os salários em dia. O atacante português, de 36 anos, foi anunciado nesta segunda pelo Vitória de Guimarães.
Paralelamente à busca por contratações, o Vasco já abriu negociações para manter Benítez. Com contrato até dezembro, a ideia é segurar o camisa 10 pelo menos até o fim do Brasileirão, em fevereiro. Missão complicada, uma vez que o Independiente, em situação financeira delicada, quer aproveitar o bom momento do meia para vende-lo. O Vasco aposta na vontade do próprio atleta de permanecer em São Januário.
Encorpar o elenco é importante para voos mais altos, mas vender ainda é uma necessidade para a saúde financeira do Vasco. A negociação de Marrony com o Atlético-MG aliviou, mas não sanou os problemas de caixa. Na venda, concluída em junho, o clube embolsou pouco mais de R$ 16 milhões.
Apesar da queda de rendimento, Talles Magno ainda é a bola da vez. O atacante, de 18 anos, teve oferta na casa de 10 milhões de euros (R$ 54 milhões na cotação da época) do Krasnodar, da Rússia, no fim de maio, mas o presidente Alexandre Campello considerou baixo o valor. Há expectativa de que cheguem novas propostas, o que ainda não aconteceu.
Outro jovem valor que o Vasco avalia ter mercado na Europa é Andrey, um dos destaques do time na temporada. Por ora, no entanto, não chegou nada pelo volante. O orçamento do Vasco para 2020 prevê a arrecadação de R$ 64 milhões com negociação de jogadores – do total, R$ 18 milhões são fruto do mecanismo de solidariedade da Fifa.