Um ano após morte de garçom na Barreira do Vasco, família reclama de demora na investigação – Povo na Rua
         

Um ano após morte de garçom na Barreira do Vasco, família reclama de demora na investigação

barreira do vasco

Um ano após a morte do garçom Laércio, baleado quando chegava em casa na Barreira do Vasco, na Zona Norte do Rio, a Polícia Civil ainda não concluiu o caso. Sem resposta sobre quem cometeu o crime, a família reclamou da demora na investigação. “Até agora nada aconteceu. Nenhum inquérito foi fechado, nada de justiça e a gente tá aqui pedindo justiça, a gente quer justiça e que esse crime não venha cair no esquecimento”, disse o irmão, Vanderlan de Paula Lima.

Francisco Laércio Paulo Lima, de 26 anos, morreu enquanto voltava do trabalho com um tiro na cabeça em novembro de 2019 durante uma operação da Polícia Militar na comunidade. Testemunhas culparam a corporação e fizeram um protesto um dia após a morte.
A viúva do garçom disse que sente falta do marido todos os dias. Ela era recém casada quando ele foi morto.

“Choro, bate aquela saudade e às vezes eu fico me perguntando o porquê. Uma pessoa trabalhadora, chegando em casa, e acontece uma barbaridade dessa”, contou Ana Arlete. O homem trabalhava em um bar na Avenida Mem de Sá, no Centro do Rio, que foi fechado após o episódio. O dono do estabelecimento, primo da vítima, saiu do Rio com medo da violência.  A família e os amigos começaram uma campanha nas redes sociais para cobrar providências das autoridades. “Ele era um menino muito bom, muito alegre, só tinha felicidade com as pessoas, os amigos e a família”, disse a mãe, Maria do Socorro Lima.

A Delegacia de Homicídios da Capital afirmou que o autor do crime foi identificado e que o inquérito deve ser concluído neste mês e encaminhado para o Ministério Público. A OAB do Rio disse que acompanha as investigações e dá apoio à família. “A reconstituição disse de onde partiu o tiro, que foi de um policial militar. O laudo da reconstituição já afirma isso categoricamente, os depoimentos também afirmam isso categoricamente, mas o relatório desse inquérito ainda não foi encaminhado e o Ministério Público ainda não fez a denúncia para que esse caso vá para a Justiça”, afirmou o procurador de Direitos Humanos da OAB Rodrigo Mondego.