O último trem da Supervia do Ramal Belford Roxo que seguia da Central do Brasil para o município da Baixada Fluminense pegou fogo em Honório Gurgel, na altura da rua Ururai na noite deste sábado (13).
Passageiros que estavam na composição disseram que ouviram um barulho, e as luzes dos vagões começaram a falhar logo após o trem sair da plataforma da estação de Honório Gurgel, em seguida teve um clarão e o trem foi perdendo velocidade, até parar após cerca de 400 metros da plataforma.
Segundo o relato da atendendo de caixa, Aline Santos, que estava dentro da composição na hora do incêndio o desespero dento do trem foi muito grande. Segundo ela, que estava no primeiro vagão, as portas foram abertas pelos próprios passageiros e no desespero muitas pessoas se machucaram, uma dessas pessoas foi sua colega de trabalho Ana Delina, que precisou ser removida pela ambulância do Corpo de Bombeiros.
Além de Ana Delina, uma segunda vítima foi removida para o Hospital Estadual Getúlio Vargas na ambulância do Corpo de Bombeiros, Francisca Cita que teve que ser retirada pelos homens do Corpo de Bombeiros dos trilhos da Supervia havia entrado na composição na Estação Mercadão de Madureira e soltaria na próxima estação, Barros Filhos, segundo o relato de sua amiga Emilia Pedro e Kelliton Santos da Costa, que informaram também que um funcionário da Supervia tinha acabado de entrar em contato com eles.
No momento do incêndio, na estação de Honório Gurgel só tinha uma funcionária da Supervia que trabalha na bilheteria. Nossa reportagem presenciou um princípio de confusão na estação, uma vez que a concessionária não havia apresentada nenhuma informação pros passageiros que estavam na composição. Muitas pessoas relataram que não tinham outros meios de voltar para casa.
A situação ficou menos tensa após a única funcionária presente no local distribuir alguns bilhetes, mas não eram suficientes para todos os passageiros no local. Um funcionário terceirizado da concessionária que estava de folga, mas que reside no bairro foi para o local do acidente e teve um papel crucial no auxílio às vítimas.
Após cerca de uma hora chegaram funcionários da manutenção e foi possível ver alguns carros da Supervia com o adesivo de “manutenção de via área”. Inúmeros passageiros relataram o abandono das composições do Ramal Belford Roxo, bem como, da própria estação e das vias. Um fato também chamou a atenção, além de só ter uma funcionária na estação, o cadeado do portão de carga da estação que facilitaria o acesso dos bombeiros precisou ser quebrado, nenhuma chave abria, o que atrasou a entrada dos militares na linha férrea para socorrer às vítimas.