A era da pandemia do novo coronavirus impediu a realização do tradicional desfile cívico, escolar e militar que sempre marcou as comemorações de aniversário da cidade de São Gonçalo, na Região Metropolitana. Mas engana-se quem pensa que o município passará em branco uma data tão importante como essa.
As festividades dos 130 anos de emancipação política de São Gonçalo começaram na última sexta-feira e vão até o próximo domingo. As solenidades de hoje, que remetem a 22 de setembro de 1890, começam às 8h, com o hasteamento das bandeiras da cidade, do estado e do país, na sede da prefeitura. O evento contará com a participação da Orquestra Municipal e de autoridades militares, políticas e representantes municipais.
Ao longo do dia diversos eventos marcarão a data, como missa em Ação de Graças na Igreja São Gonçalo do Amarante, às 9h, e abertura da exposição itinerante “Água: da abundância à escassez”, no Mirante de Contemplação Elmo Amador, às 14h.
Quando portugueses e franceses chegaram à região de São Gonçalo encontraram seus primeiros habitantes, os índios tamoios. Em 6 de abril de 1579 a localidade foi fundada pelo colonizador Gonçalo Gonçalves, que construiu no local a Capela São Gonçalo do Amarante, em homenagem ao padroeiro de sua cidade natal, em Portugal. Mais tarde, no começo do século XVII, os jesuítas instalaram uma fazenda na região atualmente conhecida como Colubandê, às margens da atual rodovia RJ-104.
Em 1646, já com cerca de 5 mil habitantes divididos em seus 52km² foi alçada à categoria de Paróquia e transformada em freguesia. No Século XVIII a cidade viu o desenvolvimento de seu poderio agrícola, com engenhos de açúcar e lavouras de mandioca, feijão, milho e arroz. O comércio também crescia em ritmo progressivo. O litoral ficava cada vez mais cheio de barcos de transportes de passageiros e produtos para outras localidades do Rio. Em 22 de setembro de 1890 o Distrito de São Gonçalo é emancipado politicamente e desmembrado de Niterói por meio do decreto estadual nº 124.