A espera enfim acaba hoje. O Botafogo terá um novo técnico para a sequência do Campeonato Brasileiro e a missão estará nas mãos de outro estrangeiro. De acordo com o site argentino Infobae, o Botafogo venceu a concorrência de uma proposta milionária do futebol dos Emirados Árabes para acertar a contratação do argentino Ramón Diaz. O técnico que já conquistou três títulos com o Al Hilal, da Arábia Saudita, chega hoje ao Rio para assinar contrato e começar o trabalho no glorioso.
O novo treinador alvinegro trará ao Brasil uma comissão técnica com pelos menos três profissionais. Segundo o diário argentino “Olé”, Ramón Díaz vai trazer seu filho e auxiliar-técnico Emiliano Ramón Díaz, de 37 anos; o preparador físico Jorge Pidal, de 48 anos; e o também auxiliar Osmar Ferreyra, ex-meia de 37 anos.
Recém-chegado ao Botafogo, o ex-jogador Lúcio Flávio irá permanecer na comissão. Ele foi contratado como auxiliar permanente no clube carioca, logo depois da efetivação de Bruno Lazaroni, como treinador que acontece no começo de outubro. No fim do mês, o ex-técnico deixou o cargo.
Ramón Diz tem 61 anos e é um treinador de sucesso na América do Sul. Ele conquistou títulos argentinos pelo River Plate e pelo San Lorenzo. Pelos “Millonarios”, o treinador conquistou a Libertadores de 1996. Seu último trabalho foi comandando o Libertad, do Paraguai. O treinador deve assinar contrato com o Botafogo até fevereiro de 2021.
O Botafogo chegou ao nome de Diaz após o presidente da Federação Boliviana de Futebol, Marcos Rodríguez, fazer jogo duro para liberar o técnico da seleção local, César Farías, que chegou a acertar bases salariais com o Botafogo. Balizado pela multa rescisória do contrato, o dirigente fez exigências e não liberou o treinador de imediato. A única chance seria a partir do dia 17, depois das rodadas de novembro das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.
A solução gringa não foi a primeira opção do Botafogo. Com quatro meses para o fim do campeonato e a necessidade de resultados no curto prazo, a preferência foi por treinadores experientes do futebol nacional. Só que o mercado não se apresentou favorável.
Nas buscas iniciais, os dirigentes tentaram Roger Machado, cogitaram Lisca e viram Alexandre Gallo ser oferecido. Nenhuma das alternativas vingou. Limitado financeiramente e diante dos principais nomes do país já empregados, o clube atravessou a fronteira.