Prefeitura do Rio reabre 100 leitos de enfermaria e UTI para Covid-19 – Povo na Rua
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Prefeitura do Rio reabre 100 leitos de enfermaria e UTI para Covid-19

gazolla

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que foram criados 100 leitos para pacientes com Covid-19 na última segunda-feira (4): 80 no Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte, e 20 no Hospital Souza Aguiar, no Centro. Há leitos de enfermaria e UTI, mas a secretaria não informou quantas vagas são para cada caso.

Os novos leitos abertos são uma tentativa da Prefeitura de retomar os 2,2 mil leitos inativos na rede municipal do Rio. De acordo com a pasta, o Hospital de Campanha do Riocentro será desativado aos poucos, enquanto outros 193 leitos para pacientes com Covid-19 serão abertos em outras unidades.

Oito pacientes estavam internados no hospital de campanha na segunda (4). Segundo o secretário Daniel Soranz, não é necessário manter uma estrutura provisória se há leitos que podem ser reabertos nas unidades regulares.

A cidade do Rio tem mais de dois mil leitos desativados na rede municipal de saúde, segundo Soranz. Para ele, a prioridade é reabrir vagas para acabar com a fila de pacientes esperando por uma vaga para tratamento.

Atualmente, 209 pessoas esperam por internação: 72 aguardam por leitos de enfermaria e 137 por leitos de UTI.

“São 2,2 mil leitos desativados, sendo a grande maioria deles por falta de recursos humanos, por falta de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem. No Rio de Janeiro, morreram 200 pessoas de Covid-19 para cada 100 mil habitantes. Foi a pior taxa de mortalidade das capitais”, afirmou o secretário.

 

E acrescentou:

“A prioridade é recuperar o leito próprio, mas a gente não pode admitir nenhuma pessoa na fila esperando uma vaga. Nossa responsabilidade é solucionar o problema no tempo mais curto possível”.

O estado do Rio de Janeiro registrou na última segunda-feira (4) uma morte e 3.606 casos confirmados da Covid-19, segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde.

Ao todo, são 439.345 casos e 25.617 óbitos provocados pelo novo coronavírus. Durante toda a pandemia, o estado contabilizou 408.905 pacientes recuperados.

Especialistas concordam que é necessário abrir leitos para tentar ter um controle maior da doença.

“Teoricamente, gostaríamos que os leitos fossem abertos mais rapidamente. Mas isso depende de ter pessoal para trabalhar nestes leitos”, afirmou o infectologista Alberto Chebabo, da UFRJ.

“A abertura destes leitos é muito desejável neste momento e recomendável porque estamos vivendo um claro recrudescimento da doença, da epidemia, que inclusive era esperado por nós depois das desastrosas comemorações de dezembro”, completou a pneumologista Margareth Dalcomo, da Fiocruz.

Segundo o o infectologista Roberto Medronho, a expectativa é que as aglomerações das festas de fim de ano venham a refletir nos números da Covid-19 em uma ou duas semanas.

“As notícias de que há um problema de recursos por parte da prefeitura nos preocupa. Precisamos abrir o maior número de leitos o mais rápido possível. Tivemos festas de final de ano com muitas aglomerações e, com certeza, daqui a uma ou duas semanas, teremos um aumento maior ainda do número de casos. A abertura dos leitos é fundamental mas, para tal, precisamos contratar pessoal adequado e também dotá-los com a estrutura necessária como, por exemplo, com a compra de respiradores”, afirmou Medronho.

Além da abertura em unidades pública, a Prefeitura do Rio realizou um chamamento para tentar adquirir 160 leitos nas unidades da rede privada.

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