Polícia prende dois suspeitos e identifica outros quatro envolvidos na morte de estudante da UFRJ – Povo na Rua
         

Polícia prende dois suspeitos e identifica outros quatro envolvidos na morte de estudante da UFRJ

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Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense prenderam dois suspeitos e identificaram outros quatro que teriam envolvimento na morte do estudante de farmácia da UFRJ Marcos Winícius Tomé Coelho de Lima.

Segundo as investigações da DHBF, Marcos Winícius foi sequestrado e morto por traficantes. O corpo do rapaz foi encontrado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em outubro.

Marcos tinha sido visto pela última vez em 8 de outubro, saindo do Shopping Rio Sul, em Botafogo, na Zona Sul. Ele teria deixado a família no shopping e ido para casa, na Urca, de bicicleta, para se preparar para uma festa à noite. Mas não apareceu na festa.

 

Sequestro e assassinato

A polícia diz que no dia do crime, Marcos Winícius saiu do shopping com sua bicicleta elétrica e foi abordado por ocupantes de um carro e uma caminhonete na entrada da Urca. O carro bateu na bicicleta do estudante e o jogou no chão. Dois ocupantes do carro desceram, renderam Marcos Winícius e o colocaram no carro e saíram. A caminhonete que estava na cobertura, retornou ao local naquela madrugada para recolher a bicicleta.

Na última quinta-feira (17), o dono da caminhonete foi preso e o veículo apreendido. A polícia identificou que o veículo estava parado na saída do shopping, quanto a vítima estava lá dentro.

A polícia investiga o envolvimento de Marcos Winícius com um grupo conhecido como “Boteiros”, que aplica golpes em traficantes e usuários de drogas no Rio e em outros estados.

 Roubo de carga e drogas

A polícia investiga se Marcos Winícius e outros três amigos teriam roubado uma carga de drogas avaliada em cerca de R$80 mil.

Segundo as investigações, Marcos Winícius não teria participado efetivamente deste roubo. Mas já estava no hotel onde os três amigos – entre eles, um policial militar – foram comemorar o roubo.

A polícia diz que esse grupo já vinha realizando ações semelhantes em outros estados. E o grupo era conhecido como “Boteiros”, que seriam conhecidos de traficantes e usuários de drogas de classe média alta, de bairros das zonas Sul e Oeste, como Urca e Leblon e Barra da Tijuca.

As investigações mostram que o grupo, com ajuda de policiais militares, simulava a compra de uma carga grande de drogas sobretudo maconha de alta qualidade, como skank e haxixe e efetuava o roubo da carga, no momento do encontro.

O grupo também agia realizando a venda de uma carga de drogas que não existia e roubava o dinheiro do comprador no ato da entrega, com os policiais militares simulando um flagrante da negociação.

A polícia diz que no grupo que atuava nos chamados “botes”, existia uma divisão ordenada de tarefas com os responsáveis por arrumar o “trabalho”, aqueles que realizavam o contato, o responsável pelo transporte e o responsável pelo falso flagrante. Um dos “boteiros” foi preso no sábado (19).