Organização Social catarinense assume administração do Hospital Alberto Torres – Povo na Rua
         

Organização Social catarinense assume administração do Hospital Alberto Torres

HOSPITAL ABERTO TORRES

A Organização Social catarinense Instituto de Desenvolvimento Ensino e Assistência à Saúde (Ideias) assumiu no último domingo (27), em caráter emergencial, a administração do Complexo Hospitalar Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Segundo os funcionários, até esse domingo a OS Lagos Rio, que gerenciava o hospital, não tinha pago os salários de agosto e setembro.

“Os funcionários do Complexo Alberto Torres, João Baptista Cáffaro e da UPA do Colubandê estão terminando hoje, domingo, o contrato com a Lagos Rio. Todos estamos aflitos porque não sabemos como vai ser o nosso pagamento de agosto e setembro. Então tá todo mundo aflito, confuso, sem saber se vai receber ou vai levar calote. São maqueiros, parte administrativa, pessoal da cozinha, enfermagem e médicos – todos sem pagamento. Um hospital de alta complexidade definhando”, lamentou uma funcionária”, lamentou uma funcionária.

Profissionais que trabalham no Alberto Torres afirmaram que médicos que chegaram para fazer plantão de 24 horas permaneciam na unidade 48 depois, uma vez que não sabiam quando outros colegas chegariam para substituí-los. Os problemas administrativos prejudicam o atendimento. Mesmo sabendo que o contrato com a OS Lagos Rio terminaria no domingo, a Secretaria de Estado de Saúde só se mobilizou para encontrar uma nova administração na quarta-feira (23).

A Ideias, única que se apresentou par o novo contrato, assumiu o Alberto Torres para receber pouco mais de R$ 20 milhões mensais.
A OS também vai gerenciar o Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda, Região Sul Fluminense, por pouco mais de R$ 100 milhões anuais.
Por serem emergenciais, os contratos têm duração de um ano mas podem ser interrompidos antes. A OS Lagos Rio, que administrava o Albert Torres até domingo, é investigada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Em junho, a organização foi apontada como suspeita de participação em fraudes de R$ 9 milhões em recursos da Saúde – cinco funcionários acabaram presos. Por isso, a OS está impedida de receber recursos do Governo do Estado.