Polícia Civil prende criminosos em ferro-velho dominado por facção em Santa Teresa
Três homens foram presos em flagrante, na manhã de segunda-feira (7), durante uma operação de fiscalização de ferros-velhos em áreas sob influência de organizações criminosas. A ação aconteceu em um estabelecimento na Rua Gonçalves, em Santa Teresa, na região central do Rio.
Segundo a Polícia Civil, a operação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) tinha como objetivo reprimir a receptação de materiais furtados de concessionárias de serviços públicos. Na ação, os agentes identificaram que o “Ferro-Velho do Primo” estava em funcionamento sem qualquer alvará ou documentação exigida para atividade comercial, como o Certificado Estadual de Reciclagem (CER).
No terreno, que se encontra em uma área de grande vulnerabilidade e proximidade com o Morro da Coroa, as equipes localizaram materiais de procedência criminosa, incluindo fios de cobre pertencentes à empresa de telefonia OI e hastes metálicas utilizadas em sinalizações de trânsito, aparentemente de propriedade da Prefeitura do Rio.
Tiago da Silva Almeida e Wagner de Oliveira Santos, responsáveis pelo espaço, foram presos em flagrante por receptação qualificada, bem como pelo crime de furto de energia, uma vez que foi constatada ligação clandestina de energia elétrica abastecendo ilegalmente o estabelecimento, fato verificado pela equipe da concessionária Light.
Além disso, os policiais flagraram Luiz Felippe Rodrigues Mattos, que inicialmente se apresentou como usuário de drogas, colaborando ativamente com os traficantes da comunidade, fornecendo informações sobre as ações das equipes e narrando detalhes da operação. Por isso, ele foi preso em flagrante por colaborar como informante do tráfico de drogas.
O terreno do ferro-velho foi interditado devido à prática de atividades ilícitas e à ausência de documentação regular para funcionamento. A Polícia Civil informou que todo o material apreendido foi catalogado e o local passou por perícia técnica para a devida constatação das irregularidades.
A operação contou com o apoio das concessionárias Light e Águas do Rio, além da empresa de telefonia OI, cujos técnicos forneceram suporte para a identificação dos materiais e para a constatação das ligações clandestinas de energia.
As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos e desarticular quaisquer atividades criminosas relacionadas.