Para a alegria da maioria da população carioca, que fez do atual prefeito Marcelo Crivella o mais rejeitado do país, Eduardo Paes (DEM) está de volta à prefeitura do Rio de Janeiro. O candidato venceu o segundo turno das eleições no Rio de Janeiro, com 64,07% dos votos (1.629.319), contra 35,93% (913.700) de Marcelo Crivella. Os votos nulos chegaram a 13,77% (431.104) e os brancos foram 5,03% (157.610). As abstenções chegaram a 35,45% (1.720.154).
Eduardo Paes saiu vitorioso em todas as 49 zonas eleitorais do Rio de Janeiro neste 2º turno. A maior votação de Paes ocorreu na 17ª zona (Jardim Botânico), onde obteve quase 85% dos votos. A vitória também foi larga em zonas eleitorais de Copacabana, Laranjeiras e Tijuca, onde teve cerca de 80% dos votos válidos.
Apesar dos ataques de Marcelo Crivella a Eduardo Paes, estratégia que foi inclusive denunciada pelo Ministério Público Eleitoral por propaganda enganosa e difamação eleitoral, a população mostrou nas urnas que era preciso trocar aquele que é avaliado como um dos piores prefeitos da cidade.
Eduardo Paes, de 51 anos, cumprirá seu terceiro mandato à frente do executivo municipal. Ele governou a capital fluminense por dois mandados seguidos, de 2009 ao final de 2016.
Ao discursar já como prefeito eleito, ao lado da mulher e dos filhos, Paes agradeceu aos cariocas que foram às urnas. “O Rio vai voltar a dar certo e é uma forma de dizer um não contundente a esse governo reacionário que tomou conta da nossa cidade nos últimos quatro anos”.
“Sei que a minha eleição, em muito, significa um ‘não’ a essa gestão que piorou a vida das pessoas e tratou as pessoas com muito preconceito”, disse. “Comemorem, cariocas. Crivella, nunca mais”. A fala foi aplaudida por correligionários que cantaram “O Dudu voltou”
Ele também agradeceu pelo apoio recebido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do mesmo partido, que também estava ao seu lado, junto com a mulher Patrícia.
O prefeito eleito disse que o maior desafio será recuperar a área da saúde. “A primeira medida está na saúde pública, está na pandemia, que assolou a nossa cidade, o nosso estado, o Brasil e o mundo”, disse Paes, ao completar: “nós precisamos recuperar as Clínicas da Família, prepará-las para o processo de vacinação, recuperar o abastecimento e a regularização de medicamentos”.
Eduardo Paes lembrou que, com o adiamento das eleições por causa da pandemia, o período de transição ficou mais curto. Por isso, ele fez um apelo ao prefeito Marcelo Crivella para que compartilhe com a equipe de transição os dados da prefeitura. “Eu espero que o prefeito Marcelo Crivella nesse último mês de administração, ajude no sentido de preparar a cidade para essa transição, para que nós possamos devolver à cidade uma gestão que corresponda às expectativas da população”, disse.
Paes anunciou que, já a partir de hoje, vai se dedicar totalmente ao Rio de Janeiro. “Queria deixar a mensagem para todos os cariocas de que nos próximos quatro anos vocês vão ter um prefeito que vai dar o sangue, que vai lutar muito, que vai trabalhar muito. Aqui tem uma pessoa mais experiente do que aquele prefeito que ganhou as eleições aos 38 anos de idade, em 2008”.