Diana Pires
A prefeitura de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, já divulgou a data de reabertura dos atrativos turísticos da Cidade Imperial, que possui pelo menos 26 instituições museológicas. A nova fase da flexibilização vai começar a partir da próxima quinta-feira (8).
De acordo com o decreto, a medida está condicionada à taxa de ocupação dos leitos de UTI para tratamento de pacientes com a Covid19 na cidade. Caso a taxa chegue a 80%, o executivo poderá recuar na decisão.
O protocolo autorizado pela Vigilância Sanitária do município determina que nos locais haja a organização das filas, distanciamento de 1,5 metro, a utilização de máscaras para os visitantes e funcionários, disponibilização de álcool em gel e limpeza constante. Os espaços fechados deverão, ainda, ser limitados a 50% da capacidade. Os restaurantes e lanchonetes dos atrativos também precisam seguir as regras.
As barreiras sanitárias continuam funcionando nas entradas da cidade. O acesso de turistas está permitido para quem tem reserva em hotéis ou o voucher para comprar nos polos de moda da Rua Teresa e do Bingen. A Associação de Guias de Turismo de Petrópolis acredita que a retomada significa a recuperação do setor. São 28 profissionais em Petrópolis, que deixaram de movimentar quase meio milhão de reais na economia da cidade. “Isso vai fazer com que guias voltem a ter renda. Já estamos há quase oito meses sem trabalhar”, disse a presidente da AGP, Ana Beatriz de Oliveira.
Quem foi pra Petrópolis no último fim de semana, ainda com os pontos turísticos fechados, encontrou refúgio na Catedral São Pedro de Alcântara, que está aberta por ser atividade religiosa já permitida. Os atrativos turísticos na cidade estão fechados desde o início da pandemia, e embora a Prefeitura já tenha definido a data autorizando o retorno, o Museu Imperial pode não acompanhar essa etapa de flexibilização.
O ponto turístico mais visitado da cidade vai continuar de portões fechados, porque a autorização para a reabertura depende do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que ainda não deu data para o retorno. Mesmo assim, já existem protocolos de segurança sendo desenvolvidos e a ideia seria começar com a flexibilização no jardim. Em 2019, o Museu Imperial atingiu recorde de público. Foram 446.932 visitantes. A antiga casa de veraneio de Dom Pedro II guarda o principal acervo do segundo reinado do império brasileiro.
“O museu imperial é a âncora da cidade, é o museu mais visitado do Brasil. Quem vem pra cá se identifica com o palácio. Os outros espaços vão ser contemplados, mas esperamos que o governo federal autorize a retomada pra que a gente possa atender a todos”, disse a presidente do Conselho Municipal de Turismo, Luciana Viveiros. Além do Museu Imperial, outra instituição do Ibram que também não tem data para reabrir é a Casa Cláudio de Souza. O Palácio Quitandinha, do Sesc, também não seguirá a flexibilização.
