O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), no último domingo (27), o pedido de impugnação da candidatura de Marcelo Crivella (Republicanos) à Prefeitura do Rio. O atual prefeito busca a reeleição no pleito de 2020.
O pedido tem como base a decisão do TRE-RJ da última quinta-feira (24), que tornou Crivella inelegível por seis anos por abuso de poder político e conduta vedada a agente público.
O promotor eleitoral do MPE Rogério Pacheco Alves assinou a ação de impugnação de registro de candidatura contra Crivella. No documento, Rogério observa que o prefeito terá o direito a apresentar sua defesa contra o pedido de impugnação. Diante da inelegibilidade do atual prefeito, o promotor entende que “após o regular trâmite processual, seja indeferido em caráter definitivo o pedido de registro de candidatura do requerido”.
A ação do MPE será avaliada pelo Tribunal Regional Eleitoral nos próximos dias. Vale lembrar que a decisão que tornou Crivella inelegível até 2026 ainda pode ser contornada pela defesa do prefeito. Apesar da condenação, Crivella ainda poderá seguir na disputa se a situação for revertida em alguma instância superior, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou o Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação que pedia a inelegibilidade diz respeito a um evento da Comlurb em que Marcelo Hodge Crivella, filho de Crivella, foi apresentado como pré-candidato a deputado. A reunião foi na quadra da Estácio de Sá com funcionários da companhia de limpeza urbana do município. O grupo foi levado em carros oficiais da empresa.
A ação foi movida pelo PSOL e pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE). Eles afirmam que: veículos oficiais foram usados para transportar empregados da Comlurb na hora do expediente; Crivella agradeceu ao presidente da Comlurb por ajudar seus candidatos;
candidato Alessandro Costa pediu votos ao filho do prefeito.