O empresário Ricardo Roriz, que publicou em uma de suas contas de uma rede social um vídeo exibindo mulheres praticando ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, prestou depoimento sobre o caso na manhã desta terça-feira. “Ele se mostrou bastante arrependido, assustado com a repercussão, e disse que foi uma infelicidade”, afirmou a delegada Valéria Aragão (12a DP), titular da delegacia.
A advogada e professora Mariana Maduro, de 33 anos, e uma amiga praticavam a atividade quando foram filmadas. Um dos homens, inclusive, simulava ato de masturbação enquanto comentava as imagens gravadas. De acordo com a delegada Valéria Aragão, titular da 12ª Delegacia de Polícia Civil, onde o caso é investigado, a vítima ficou muito ofendida e abalada psicologicamente pela situação. “Ela se sentiu vulnerabilizada, se sentindo bastante ofendida como mulher, pela exposição inadequada do seu corpo. Foi exatamente como o autor, Ricardo Roriz, disse: foi uma infelicidade”.
O empresário Ricardo Roriz e um funcionário de uma barraca na Lagoa, conhecido como Celsão, podem responder por injúria e ato obsceno e perturbação da tranquilidade. O advogado de Roriz prometeu para a delegada que Celsão prestará depoimento ainda nesta semana. A rede social onde o vídeo foi postado é de uma loja de artigos militares de propriedade de Roriz e conta com 300 mil seguidores.
A diretoria de Mulheres da Ordem dos Advogados no Brasil no Rio (OAB-RJ) repudiou o ato praticado pelos dois homens contra a advogada Mariana Maduro. A nota de repúdio foi divulgada ontem. O diálogo foi registrado por Ricardo Roriz, que conversa com um segundo homem, identificado como “Celsão”. Ricardo filma o amigo registrando as acrobacias de Mariana e aplica zoom na câmera para filmar a advogada com sua amiga.