Governo estadual cancela cirurgias eletivas para liberar leitos para o combate ao Covid-19 – Povo na Rua
         

Governo estadual cancela cirurgias eletivas para liberar leitos para o combate ao Covid-19

CIRURGIAS CANCELADAS

O governo do Estado do Rio decidiu ontem (1º) cancelar cirurgias eletivas a fim de liberar leitos e profissionais para o combate à Covid-19.

O RJ enfrenta, há uma semana, uma alta na demanda por leitos, com fila para internações tanto em ambulatórios quanto em CTIs.

Uma resolução da Secretaria Estadual de Saúde a ser publicada ainda nesta terça determina que os hospitais da rede suspendam essas operações, quase sempre agendadas e de média complexidade.

Segundo informações, a medida afeta praticamente todos os pacientes, pois paralisa a fila nas redes federal, estadual e municipais. Resoluções como essa normalmente são seguidas pelas prefeituras e pela União.

A previsão é que 112 leitos de CTI sejam liberados.

Estão mantidas, a princípio, apenas as intervenções para casos mais graves, como o de pacientes com câncer. As demais — como ortopédicas e oculares — terão de ser remarcadas.

O texto recomenda que hospitais privados também suspendam essas cirurgias.

Prefeitura se reúne hoje

Ainda segundo informações, o comitê científico da Prefeitura do Rio programou para hoje uma reunião para reavaliar os indicadores e, se for o caso, recuar no plano de flexibilização.

O colegiado leva em consideração o número de leitos ocupados, a velocidade de abertura de vagas e o índice de contaminação.

Desde o dia 3 de novembro, o município está na Fase Conservadora, que liberou a permanência na praia, self-service em restaurantes e pista de dança em boates e shows.

No último fim de semana, nas praias da Zona Sul era possível observar aglomeração na areia.

Números em alta

O RJ chegou nesta segunda-feira a 22.590 óbitos e 354.354 casos confirmados de Covid-19, segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde.

Nesta terça-feira, 1.183 pacientes estavam internados com sintomas de coronavírus — desses, 533 na UTI, ocupando 90% dos leitos.

Mas o número de vagas não é suficiente para a quantidade de pacientes que têm chegado graves às emergências.