A primeira partida da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Fluminense, no próximo sábado, não terá público. Após reunião na última quarta-feira entre os clubes, a Federação de Futebol do Rio (Ferj), e autoridades de saúde, a Prefeitura do Rio manteve o veto, mas vai se reunir hoje com seu comitê científico para analisar os argumentos a favor de Ferj e Flamengo. O Fluminense segue contra.
Caso haja aprovação, haverá liberação de 30% da capacidade do Maracanã para venda de ingressos para a partida do próximo sábado, dia 22 de maio. A ideia da Ferj e do Flamengo, que será mandante do segundo jogo, é priorizar a venda para pessoas vacinadas e crianças.
O encontro desta quarta-feira não avançou na tentativa da liberação de público, e foi marcada uma nova conversa entre os clubes e a Ferj para esta quinta-feira. Mas já se sabe que ficará em cima para qualquer definição para o primeiro jogo.
Mesmo assim, o Maracanã já está sendo preparado para receber torcida dentro do protocolo de higiene e segurança que norteou o Campeonato Carioca desde o ano passado, com o chamado “Jogo Seguro”.
A ideia de público surgiu com a inclusão de mais convidados no começo do torneio deste ano, mas a repercussão foi negativa diante do agravamento da pandemia e de novas medidas de restrição no Rio.
O Flamengo defende que houve flexibilização das medidas para escolas, shoppings, transporte e restaurante, e que o futebol acontece em um espaço aberto, com distanciamento possível.
“Tem escola aberta, restaurante aberto, tudo funcionando, voltando ao normal. Fora igreja, BRT, tudo lugar fechado. A única coisa que não voltou foram os shows, o entretenimento. O futebol é aberto, tem como fazer separação, pra 20 ou 30 mil no Maracanã”, defende o diretor de relações externas do Flamengo, Cacau Cotta, que participou das reuniões.
A Ferj aguarda o aval das autoridades, como Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros, para autorizar o público mesmo que algum clube seja contra.
O Prefeito Eduardo Paes está em contato com os dirigentes e vai tomar a decisão após se reunir com a comissão científica do município. Oficialmente, a Prefeitura ainda diz que os jogos não podem ter torcida.