Fiocruz inicia 56 novos projetos de saúde integral nas favelas do Rio de Janeiro – Povo na Rua
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Fiocruz inicia 56 novos projetos de saúde integral nas favelas do Rio de Janeiro

A abrangência territorial será ampliada para Nilópolis, Barra Mansa, Belford Roxo, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Paracambi, Rio Bonito, Rio Claro, São Pedro da Aldeia, Tanguá e Teresópolis

 

A Fiocruz dará início a 56 novos projetos de saúde integral nas favelas do Rio de Janeiro em parceria com instituições da sociedade civil. As propostas fazem parte da primeira chamada pública do país com este foco. Com um aporte inicial de R$ 4,5 milhões, o plano teve origem em 2021, apoiando 41 projetos em seis cidades. Com a ampliação do investimento para R$ 22,2 milhões, o número de projetos apoiados chega a 146, em 33 cidades do estado. Cerca de 385 mil pessoas já foram beneficiadas.

 

Serão repassados R$ 5,6 milhões para as ações de saúde integral nas favelas. Dentre as propostas, 55% foram elaboradas por organizações sociais que ainda não haviam efetuado ações no âmbito do primeiro edital realizado pelo Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro em 2021.

 

Com a execução das novas ações, a abrangência territorial do Plano será ampliada dos atuais 18 municípios (Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaperuna, Magé, Mangaratiba, Maricá, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu, Paraty, Petrópolis, Queimados, Rio de Janeiro, Seropédica, São Gonçalo, São João de Meriti e Volta Redonda) para 33, com a atuação de organizações sociais em Barra Mansa, Belford Roxo, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Nilópolis, Paracambi, Rio Bonito, Rio Claro, São Pedro da Aldeia, Tanguá e Teresópolis.

 

O evento que marcou o início dos trabalhos reuniu 150 lideranças comunitárias, na sexta-feira (02), no Museu da Vida, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, recepcionou as lideranças. Durante o encontro representantes das organizações sociais selecionadas pela chamada pública receberam orientações sobre cronogramas e processos para execução dos projetos, além de painéis com a participação das instituições parceiras. Estão previstas nos próximos meses ações para o treinamento profissional em saúde, atividades ligadas à saúde mental, projetos para o desenvolvimento da agroecologia, iniciativas de comunicação e informação com foco em arte e cultura, produção de diagnósticos sociais das políticas e dos serviços de saúde em favelas que integram o plano.

 

Dos novos 56 projetos que iniciarão a execução nos próximos meses, o aumento de atividades em algumas cidades chamou atenção: 15 vão desenvolver ações de saúde nas favelas de Niterói, 8 nas favelas de São Gonçalo, 7 nas favelas de Duque de Caxias, 5 nas favelas de Mesquita e 4 em Itaguaí e Belford Roxo. Na cidade do Rio de Janeiro serão apoiadas 25 estratégias nas favelas da Zona Norte, 15 nas da Zona Oeste, 9 nas da Zona Sul e 5 nas da região central.

“A expansão do projeto, com o aumento no número de iniciativas e da sua abrangência geográfica, potencializa o impacto das ações de saúde junto às populações mais vulneráveis no estado do Rio de Janeiro. O diálogo estreito da Fiocruz com os territórios é fundamental para a sustentabilidade dessas ações e para a construção de um sistema de saúde com participação social. Essas comunidades não são apenas beneficiárias, mas verdadeiras parceiras, cujas experiências guiam o desenvolvimento de estratégias eficazes e adaptadas às suas necessidades”, destaca Mario Moreira.

 

 

O coordenador-executivo do Plano Integrado de Saúde nas Favelas RJ – Fiocruz/UFRJ/Uerj/PUC-Rio/Abrasco/SBPC/Alerj, Richarlls Martins, ressalta que as parcerias criadas desde o início de execução do Plano foram fundamentais para que chegasse as diversas regiões do estado: “A entrada das novas instituições fortalecerá ainda mais a descentralização das ações. Com a ampliação desta rede sociotécnica poderemos produzir uma avaliação substanciada desse impacto. A ampliação da participação da sociedade civil na saúde nas favelas deve ser pensada no planejamento de políticas públicas com foco na redução das desigualdades na saúde e em outras áreas”.

 

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