O estudo “Monitoramento espaço-temporal da concentração de SARS-COV-2 nos esgotos sanitários da Região Metropolitana do Rio de Janeiro como estratégia de apoio de ações de vigilância epidemiológica da COVID-19” mostra uma reversão de tendência nos últimos 14 dias da pesquisa. A divulgação da Semana Epidemiológica 14, dos dias 29 de março a 5 abril, indica que após elevação da média móvel de 14 dias durante sete semanas, os recentes resultados apontam para um recuo da concentração viral de covid-19 presente nos esgotos da Região Metropolitana do Rio. A pesquisa é uma parceria firmada entre a Cedae e outros órgãos do estado para monitorar a concentração do coronavírus nos esgotos.
A partir da semana 17, os resultados do estudo mostraram incremento da presença do vírus nas estações Leblon, Alegria, Barra da Tijuca, Penha, Ilha do Governador, São Gonçalo, Sarapuí e Vargem Grande. Entretanto, os últimos resultados apontam para alteração da tendência anteriormente observada, o que pode, em princípio, ser atribuído aos primeiros reflexos das medidas de isolamento social adotadas pelos governos municipal e estadual do Rio de Janeiro, com a antecipação de feriados, fechamento de comércio, serviços e redução da circulação de pessoas.
Durante a semana 23, foi observado um aumento de 15% da média móvel da concentração viral em relação ao resultado da quinzena anterior. Em contradição, na semana 24 há uma redução de 15% da média móvel da concentração viral em relação ao resultado da quinzena anterior.
O estudo de iniciativa da Cedae e com o apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) contribui para o controle epidemiológico da Covid-19 em diversos pontos da Região Metropolitana baseado na metodologia Epidemiologia Baseada nos Esgotos. Segundo a empresa, a pesquisa se dá na detecção de traços do vírus, e não da presença do vírus ativo e não representa risco aos que trabalham com o esgoto.