Diana Pires
Ser engraçado era o objetivo do empresário Ricardo Roriz, que é é investigado por filmar e expor na internet sem consentimento vídeos de mulheres praticando ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio. Ele voltou à 12ª DP (Copacabana) para prestar depoimento e disse que suas publicações teriam finalidade “humorística”.
Ele esteve presente para prestar esclarecimentos sobre um segundo registro de ocorrência feito por uma nova vítima. A publicação, divulgada para cerca de 300 mil seguidores na internet, teria acontecido menos de um mês antes de gravar a advogada Mariana Maduro durante sua atividade de acroioga, que são acrobacias na prática da ioga, com uma amiga.
Aos investigadores, na última segunda-feira (10), ele afirmou que faz essas gravações há seis anos com o objetivo de ser engraçado. A delegada que comanda as investigações, Valéria Aragão, afirmou que ele disse em sede policial que tem o costume de frequentar o local das gravações há muito tempo.
“Ele teria feito zoom e feito comentários ofensivos a uma vítima. De igual modo, ele afirmou que se sente arrependido do que fez e há seis anos ele começou a fazer vídeos e postá-los com toque de humorismo. Mas, em momento algum, quis ofender ou expor as pessoas”, disse a delegada Valéria Aragão.