Após uma semana com poucos nomes ligados a partidos, ontem, o prefeito eleito, Eduardo Paes, apresentou um quadro do PSDB, Cristiano Beraldo, como secretário de Turismo, e Daniela Maia, irmã gêmea de Rodrigo Maia, como presidente da Riotur. Outros nomes de políticos confirmados são Chicão Bulhões, deputado estadual pelo NOVO, como secretário de Desenvolvimento Econômico, o deputado estadual Jorge Felipe Netto (PSD), como secretário de Trabalho e Renda, o que foi revelado pela colunista Berenice Seara, e Vinícius Cordeiro, presidente do Avante no Rio, que será titular da pasta de Defesa dos Animais.
Ao fim de sua breve fala na coletiva na manhã de ontem, no gabinete de transição no prédio da Firjan, Paes disse que recebera, poucas horas antes, uma ligação do governador João Dória (PSDB). O partido é uma das legendas que integraram a aliança da chapa vencedora nas eleições do Rio.
“Quero fazer um agradecimento ao PSDB, ao governador Dória e ao Paulo Marinho (presidente do partido no Rio). Falei com o Dória hoje, por telefone, e tenho certeza que São Paulo será um grande parceiro do Rio”, afirmou Paes, que, depois negou pressões partidárias para cargos. “As escolhas são minhas, temos pressão zero dos partidos e dos aliados para indicações. Mas tenho problema zero com políticos, pelo contrário”.
O prefeito levou com bom humor a apresentação de Daniela Maia, e disse que ela é a responsável por sua entrada na política, e não Rodrigo Maia ou Cesar Maia.
Além de Beraldo, que foi coordenador do programa de turismo da candidatura de Paes, e Daniela Maia, o prefeito eleito também apresentou dois novos subprefeitos: Wagner Coe, quadro do DEM, na subprefeitura da Grande Tijuca e Rodrigo Toledo, que participou do governo anterior, na subprefeitura das Ilhas (do Governador, Paquetá e Fundão).
Eduardo Paes ainda apresentou Marcus Faustino, nomeado para secretário de Cultura. Oriundo do Cesarão, conjunto habitacional da Zona Oeste, Faustino é mais um nome da periferia a integrar o governo, assim como Salvino Oliveira, da Cidade de Deus, e Joyce Trindade, de Cosmos.
“Acho que já tinha passado da hora de incluir esses atores da periferia na administração pública e, assim, interromper a tradição “zona sul cêntrica”, afirmou Faustini, que prometeu medidas emergenciais para cultura, como elaboração de um auxílio a partir de janeiro, além de retomar e inaugurar equipamentos na zona oeste e zona norte e “territorializar” o orçamento da cultura, ou seja, levar editais para regiões específicas da cidade.
Com a apresentação desta segunda, Paes já anunciou 15 secretários, exatamente o número que existe na gestão atual. Entretanto, há outros três nomes já confirmados (Chicão Bulhões, Jorge Felippe Neto e Vinícius Cordeiro) e pastas importantes que ainda não tiveram nomes confirmados, como Meio Ambiente e Ordem Pública. Ou seja, apesar das promessas de enxugamento da máquina pública, a futura administração já começará com número de secretarias maior que o atual. Em relação a isso, membros do futuro governo, como o secretário da Fazenda nomeado, Pedro Paulo, vêm respondendo que o importante é reduzir o número de comissionados e de cargos de segundo e terceiro escalão.