Diana Pires
De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde divulgado ontem, o município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense tem 2.843 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus, com 370 mortes. Além disso, a taxa de ocupação dos leitos por pacientes de covid-19 está em 58%, o que significa dizer que se a ocupação chegar a 60% a flexibilização nas medidas restritivas terá de ser revista.
Essa realidade, entretanto, parece não dizer muito a certos grupos políticos e representantes de alguns setores. Na última terça-feira, quando as autoridades sanitárias alertavam para o crescimento de 35,9% de contaminação em relação ao mês passado, diretoras da rede particular protestaram, pedindo a reabertura das unidades, quando os números aconselham manter tanto a rede particular como a pública sem atividades presenciais.
Flexibilização acompanhada – Os dados apontam que entre 1º e 22 de julho foram registrados 364 casos de covid-19 em São João de Meriti, 131 a menos que os 495 confirmados entre 1º e 22 de agosto.
Tanto o Poder Judiciário como o Ministério Público acompanham os passos da flexibilização, e os diretores das escolas particulares já foram recebidos três vezes pelo gabinete de crise instalado pelo prefeito. Segundo revela a administração municipal, novos passos à frente ou para trás na flexibilização vão depender dos números, pois em audiência foi acertado que se a ocupação dos leitos chegar a 60% a flexibilização será reduzida, e caso chegue a 80% a opção será por lockdown.
Enquanto os diretores das unidades particulares protestam pela reabertura das unidades, a Prefeitura espera por uma decisão da Justiça nesse sentido, uma vez que desde o dia 23 de julho tramita na 3ª Vara Cível do município um pedido de reabertura dessas escolas. Entretanto, a mesma Justiça decidiu, em março, pela não reabertura das unidades da rede municipal de ensino.
