Diana Pires
O caso de reinfecção pelo novo coronavírus, confirmado por cientistas de Hong Kong, acendeu o alerta em todo o mundo para a necessidade de manutenção das medidas protetivas mesmo em relação a pessoas que já tenham sido contaminadas pela covid-19. No Brasil, foram confirmados pelo menos 12 casos prováveis de reinfecção, que estão sendo analisados no Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ; no Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo; e na Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto. Além desses, há outros casos em estudo na Fiocruz que podem entrar na lista.
Segundo o epidemiologista Amilcar Tanuri, da UFRJ, há quatro possíveis casos de reinfecção por covid-19 sendo analisados na universidade, todos de pessoas do Estado do Rio: “São casos suspeitos. Ainda estamos analisando, a partir do trabalho de sequenciamento genético dos vírus, que está em andamento”, diz o pesquisador, que coordenada o Laboratório de Virologia Molecular.
Outros sete casos estão sendo estudados na Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que separou um ambulatório para acompanhar possíveis casos de reinfecção. Em nota, a unidade explica que os sintomas e testes positivos para covid-19 em dois períodos diferentes poderiam ser explicados pelos seguintes fatores: outra virose por um vírus diferente, mas que teria causado confusão pelo fato de a pessoa ainda ter fragmentos de novo coronavírus no organismo; pela longa permanência do vírus no corpo, com período de inatividade e posterior reativação; ou reinfecção.
Segundo o Hospital das Clínicas, “os pacientes estão sendo acompanhados com a realização eventual de exames, a fim de melhor entender essas hipóteses”.
Já a Fiocruz informou que “tem desenvolvido pesquisas entorno da reinfecção por covid-19, ainda em andamento e sem dados conclusivos. Assim que os resultados forem obtidos e publicados, de forma segura, a instituição irá divulgá-los”