Força-tarefa derruba imóvel de luxo do tráfico na MaréA operação conjunta para demolir o “condomínio do tráfico” no Parque União, no Complexo da Maré, na terça-feira (13), encontrou um quadriplex de luxo às margens da Avenida Brasil. O imóvel ainda não estava pronto, mas chamaram a atenção dos agentes o acabamento em mármore, uma piscina com cascata e uma banheira de hidromassagem (veja acima).
Outro imóvel de alto padrão tinha 2 andares e uma piscina ainda maior. Engenheiros da prefeitura estimam que a derrubada desses 2 imóveis represente um prejuízo de R$ 5 milhões para o tráfico.
A força-tarefa é composta pelas polícias Civil e Militar do RJ, Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Operários vão derrubar 40 imóveis, incluindo as “mansões”.Segundo o MPRJ, parte dos imóveis chega a ter 6 pavimentos, mas 90% deles ainda estão em fase de alvenaria e totalmente desocupados. Eles foram erguidos sem nenhuma autorização da prefeitura e não possuem responsável técnico pelas obras.
A Seop não tem prazo para derrubar tudo. Máquinas não conseguem chegar às casas, e por isso a demolição é manual, com marretas, andar por andar, de cima para baixo.
“Esses prédios são frutos de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. São prédios sem licença e sem autorização e que segundo as investigações são frutos de lavagem de dinheiro dos criminosos”, afirmou o secretário Brenno Carnevalle.
A comunidade tem como chefe o traficante Jorge Luís Moura Barbosa, o Alvarenga. Ele tem 86 anotações criminais e figura como autor em 175 inquéritos policiais. Participa ativamente das decisões que determinam o rumo do CV, como invasões de territórios rivais para expansão dos domínios e exploração ilegal econômica.