A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) instalou ontem a comissão especial para analisar o pedido de impeachment do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). Na reunião, realizada presencialmente, o grupo formado por deputados dos 25 partidos com representação na Casa escolheu para ocupar a presidência e relatoria do processo, respectivamente, Chico Machado (PSD) e Rodrigo Bacellar (SDD). Candidatos únicos, os dois foram eleitos por unanimidade para as funções. A reunião de instalação foi presidida pelo deputado Eliomar Coelho (PSol), o mais velho entre os parlamentares que faziam parte do grupo. Bacellar afirmou que irá pedir à Procuradoria Geral da República (PGR), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público do Estado (MPRJ) a investigação total sobre desvios na Saúde, revelados nas operações Favorito e Placebo. Dessa forma, o objetivo é apresentar um parecer de forma mais técnica e isenta possível. “A sociedade não aguenta mais denúncias de corrupção”, disse. O presidente do grupo, Chico Machado, reafirmou a responsabilidade na apuração das denúncias. “É obrigação dessa comissão dar uma reposta sobre o que vem acontecendo no nosso estado diante das denúncias que vamos apurar”, defendeu. Ao fim da reunião, o ofício de citação que será enviado ao governador com a cópia da denúncia foi lido. Segundo a Alerj, a pretensão é enviar nos próximos dias o documento para o governador do Rio. Assim que Witzel receber o documento, ele terá um prazo de dez sessões para apresentar sua defesa. Depois desse período, a comissão terá mais cinco sessões para emitir parecer sobre o afastamento ou não de Witzel, contados a partir do fim do prazo para defesa ou do recebimento da mesma pela comissão. Após esse período, o passo seguinte é a leitura do parecer da comissão no plenário. O documento é incluído na votação da ordem do dia. Deputados debatem o parecer por, no máximo, uma hora, questionam o relator, que responde às perguntas. A discussão pode durar mais de 1 dia. Em seguida, votação nominal, no qual são necessários 36 votos. Se os deputados
23/06/2020