O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) anunciou ontem mais um resultado negativo do comércio do Centro da capital fluminense. E, de acordo com os lojistas associados à entidade, não foi só a pandemia de Covid-19 e o desemprego que afetaram as vendas na região. De acordo com eles, a violência, o grande número de camelôs, o aumento brutal de moradores de rua e a sujeira afastaram o consumidor do Centro, que se tornou um verdadeiro deserto, influenciando decididamente no desempenho das vendas, além do fechamento de centenas de estabelecimentos comerciais.
Os números mostram que nos nove meses do ano em que as lojas ficaram abertas (De março à primeira semana de junho o comércio ficou fechado por conta da pandemia de Covid-19) foram registradas vendas negativas: menos 6,9% nos produtos do Ramo Mole (bens não duráveis) e menos 9,2% no Ramo Duro (bens duráveis).
Se forem computados o desempenho zero dos três meses em que as lojas ficaram fechadas por conta da pandemia, esses números sobem para menos 31,9% no Ramo Mole e menos 30,2% no Ramos Duro. No acumulado do ano passado, também com desempenho negativo, os números foram de menos 5% no Ramo Mole e menos 6,1% no Ramo Duro.
Segundo Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e do SindilojasRio, as entidades têm feito diversas gestões junto às autoridades no sentido de coibir a violência, os camelôs e os moradores de rua, que tomam conta do Centro, afastando o
consumidor das compras e prejudicando o comércio. “Isso poderia, mesmo com a pandemia, amenizar o prejuízo dos lojistas do Centro”, diz Aldo.