A VOZ DO POVO
Aziz Ahmed
azizahmed@uol.com.br
Pandemia turbina vendas on-line
O comércio eletrônico, que já era uma realidade para a maioria das empresas brasileiras, se consolidou na pandemia. Diante da impossibilidade da abertura das lojas físicas nas fases mais críticas de enfrentamento ao novo coronavírus, pequenos empreendedores renderam-se às ferramentas digitais, das mais simples às mais complexas. Levantamento feito pelo Sebrae entre fevereiro e março deste ano mostra que este é mesmo um caminho sem volta: sete em cada 10 empresas brasileiras vendem seu serviço ou produto pelas redes sociais, aplicativos ou internet. A média é a mesma tanto para microempreendedores individuais quanto para micr o e pequenas empresas. Além disso, dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico revelam que, em 2020, o crescimento no setor de vendas on-line foi de 68%. De acordo com a entidade, as restrições e o fechamento do comércio físico fizeram com que o consumo virtual crescesse enormemente, com faturamento de R$ 126,3 bilhões, ante os R$ 75,1 bilhões registrados em 2019.
Cumprindo tabela
O presidente Jair Bolsonaro deverá ser mero figurante na reunião da Cúpula de Líderes sobre o Clima, convocada pelo presidente Joe Biden para as próximas quinta e sexta-feira.
Aí que mora o perigo
Apesar das juras de amor ao ministro Paulo Guedes, afirmando a empresários que mantém uma união estável com o ministro da Economia, o presidente Bolsonaro, segundo fontes do mercado, estaria prestes a explodir essa relação. A explosão do Posto Ipiranga — se é que vocês me entendem — tem o poder de destruir um quarteirão inteiro.
Fogo na selva
A súbita demissão de Alexandre Saraiva da Superintendência da PF no Amazonas teria desagradado ao vice-presidente, Hamilton Mourão.
Covid mata salões de beleza
Segundo as estimativas da entidade do setor, mais de 375 mil salões de beleza no país já foram à falência desde o começo da pandemia.
Os segredos de uma cafetina
Acaba de estrear na Netflix o filme “Os segredos de Madame Claude”, sobre a mais famosa, polêmica e poderosa cafetina francesa. Nascida em 6 de julho de 1923 em Angers, França, batizada de Fernande Grudet (foto), relatos conflitantes sobre suas origens vão de um pai aristocrático na política e uma educação de freiras a um pai que dirigia um pequeno café e trabalhava cedo vendendo comida em um carrinho de mão. Seu passado inclui o trabalho como agente da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial e prisão em um campo de concentração nazista. Durante a guerra, trabalhou como prostituta, mas afirmou que “nunca foi bonita o suficiente” e era mais adequada para o gerenciamento. Em 1961, passou a dirigir um bordel em Paris e dominou o mercado da prostituição nas décadas de 1960 e 1970. Sua rica clientela incluía figuras políticas e membros da máfia, e seu status como informante da polícia garantiu-lhe proteção. Numa entrevista à TV, assim justificou sua opção empresarial: “Há duas coisas pelas quais as pessoas sempre pagam: comida e sexo. Eu não era muito boa em cozinhar”. Em 2015, Claude morreu, aos 92 anos, pobre e esquecida, num hospital perto de Nice. Nenhuma das suas “meninas”, nem as que se deram muito bem na vida, lhe fez visitas.
Nova onda de solidariedade
A grande diferença da primeira onda da pandemia para esta agora, na avaliação do parceiro Bruno Thys, é a estruturação da solidariedade. Ele explica:
— Vacinada contra um governo que ignora a doença e desdenha de mortes, a sociedade se mobiliza em centenas de grupos de socorro ao próximo. É o ser humano em sua melhor versão. Movimentos como esse têm potencial para gerar uma sociedade menos injusta e mais fraterna.
Do Relatório Reservado
O presidente do BTG, André Esteves, tem participado de quase todos os encontros para apoiar a agenda econômica do governo, prestigiar Paulo Guedes e equipe ou buscar soluções de aperfeiçoamento das medidas em discussão. O dono do BTG é chapa de Guedes, que saiu do Banco Pactual antes da expulsão do seu fundador, Luiz Cesar Fernandes. Nunca brigaram. Esteves parece o banqueiro dos tempos do PT, quando era todo desenvolto, cheio de conversa e ideias e muito próximo de Guido Mantega.
Mas isso é coisa do passado.
Excludentes de ilicitude
Apesar de o STF restringir operações policiais nas comunidades do estado durante a pandemia, as polícias do Rio de Janeiro mataram 797 pessoas durante operações nas favelas fluminenses nos últimos nove meses. Destas, 85% foram apenas na Região Metropolitana. Os dados são de um grupo de estudos da UFF (Universidade Federal Fluminense) e foram divulgados domingo pelo jornal inglês “The Guardian”….
Sheherazade contra Silvio Santos
Raquel Sheherazede abriu ação trabalhista de R$ 20 milhões contra Silvio Santos. Ela trabalhou 10 anos no SBT e foi demitida por e-mail. A jornalista alega que a empresa a obrigou a formatar uma Pessoa Jurídica para disfarçar seu verdadeiro vínculo empregatício.
Cruz credo
A observação também é do parceiro Bruno Thys. Ataques a tiros nos EUA eram semestrais, passaram a mensais, depois quinzenais, semanais e agora, diários. Em breve ocorrerão duas vezes ao dia.
Vai haver festa de réveillon
A tradicional festa de Réveillon do Rio pode acontecer se mais da metade da população estiver imunizada. A informação foi dada à TV Band pelo prefeito Eduardo Paes (DEM). Ele acredita que, até o fim do ano, 70% dos cariocas já tenham sido vacinados contra Covid-19.
Mas não haverá parada militar
A exemplo do ano passado, a tradicional parada militar de Sete de Setembro também não será realizada este ano. O motivo, você já sabe: a nova onda da pandemia.
Liga vende ingressos para desfile
Mesmo com as incertezas em relação ao Carnaval 2022, a Liesa pretende abrir as vendas de ingressos para os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial em junho. O objetivo é movimentar o caixa da indústria carnavalesca.
Esta coluna circula às terças e sextas-feiras
