O Colégio Pedro II pode interromper as atividades a partir de setembro devido aos cortes e bloqueios orçamentários que o Ministério da Educação (MEC) impôs à instituição de ensino. Em nota emitida na tarde da última segunda-feira, a unidade destacou que teve R$ 7,12 milhões do total de seus recursos bloqueados pelo governo federal e, ainda neste ano, já tinha sido cortado 3,5% da destinação total para a unidade, o que é equivalente a R$ 1,39 milhão. Estes valores custeiam os gastos básicos das escolas, entre eles, o pagamento de conta de luz, limpeza, vigilância, água, telefone, internet, a manutenção da infraestrutura e compra de materiais.
Também estava previsto que a unidade receberia R$ 989 mil para investimento de acordo com o planejamento da Lei Orçamentária Anual de 2021, estipulada pelo Congresso Nacional. A verba custearia obras de ampliação ou de melhoria dos campi ou da Reitoria, assim como a compra de equipamentos, no entanto, não houve repasse dos recursos até o momento.
Até mesmo os recursos para a assistência estudantil que atendem alunos em situação de vulnerabilidade social e econômica sofreram uma redução de 14,2% em relação ao ano anterior, caindo para R$ 7.2 milhões. O Colégio Pedro II ofereceu no ano anterior 4.369 bolsas de auxílio para estudantes, entre os programas foram feitas ofertas de programas emergenciais, inclusão digital, tecnologias assistivas e o Proeja (Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica).
Segundo a instituição, o corte no orçamento vai contra a necessidade de apoio, pois o número de famílias que apresentaram demandas aos setores de Assistência Estudantil cresceu de forma significativa desde o início da pandemia, e a previsão é que o número continue alto em função da crise sanitária e econômica.
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