Em entrevista a uma emissora de televisão na manhã de ontem, o governador em exercício do RJ, Cláudio Castro (PSC), disse que ‘não haverá lugar onde o estado não entre’ e enfatizou que ocupação será feita de maneira completa, com outros serviços para as populações que vivem nestas áreas. Ele prometeu um plano com diretrizes para o setor.
“O estado entrará em qualquer lugar. Mas não entrará só com a polícia, tem que entrar com o serviço público, com a Cedae, com a Secretaria de Assistência, tem que melhorar as escolas. Temos que fazer esta ocupação de forma a fazer a ocupação de segurança e também de serviços públicos”, disse Castro.
O governador ressaltou os bons resultados do projeto Segurança Presente e afirmou ainda que está realizando investimentos na área de investigação da Polícia Civil para melhorar as taxas de elucidação de crimes no estado. Cláudio Castro disse que será anunciado no primeiro semestre do ano que vem um plano para a área, que deve deixar claras as metas para o setor.
“A proposta que eu fiz às secretarias que cuidam de segurança: Polícia Militar, Polícia Civil, Administração Penitenciária e o Instituto de Segurança Pública é que nós apresentemos durante o primeiro semestre do ano que vem um plano de segurança pública que a gente saiba exatamente e que a população tenha a transparência do que estamos perseguindo”, destacou o governador em exercício.
Castro também afirmou que vai pagar o 13º salário deste ano aos servidores estaduais.
Sobre as denúncias de corrupção na compra de equipamentos para o combate à pandemia, Castro afirmou que as coisas vieram à tona porque os órgãos de controle funcionaram e destacou que, como prova da transparência do governo, entregou a senha do Sisreg para o Ministério Público.
“Nós seguimos sempre atentos. Temos uma subsecretaria especial e fazemos este monitoramento. Estamos abrindo cada dia mais leitos. Eu tenho reunião com a [Secretaria de] Saúde toda terça e toda sexta. Então faço o acompanhamento direto”, disse Castro. Ele disse o poder público está prestando atenção à enorme fila que se formou para cirurgias eletivas por causa da pandemia e destacou que o interior do estado também precisa de mais investimentos no setor.
“Precisamos olhar para a saúde da população. Precisamos universalizar a saúde. Eu estive no interior este fim de semana e tem gente que leva quatro, cinco, seis horas para fazer um tratamento na capital. Precisamos olhar o interior com carinho”, afirmou Castro. Segundo ele, um levantamento está sendo realizado para identificar quais são as principais necessidades em materiais e equipamentos das unidades de saúde, para que sejam repostas.
Cláudio Castro voltou a falar que a recuperação do ano letivo para os estudantes da rede estadual começará no ano que vem.
“A Secretaria de Educação mandou um grande planejamento onde a gente possa fazer a recuperação deste ano de acordo com o estágio em que o aluno está”, explicou.
Na semana passada, o ministro Luiz Fux,presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento de uma ação que questiona as regras de divisão dos recursos do petróleo entre os estados.
O adiamento atende a um pedido do Governo do RJ, que busca um acordo por meio do Centro de Mediação e conciliação do STF.
Cláudio Castro acredita que o Rio de Janeiro tem uma vocação para a questão energética, mas que não pode ser dependente dela e que é preciso desenvolver outras áreas.
Ele aposta no investimento em outras áreas, principalmente em turismo e serviços.