A confusão armada pelo deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) serviu de cortina de fumaça para encobrir o imbróglio da falta de vacinas no país. Segundo a Arquimedes, empresa que monitora redes sociais, o ranking anteontem foi o seguinte: 1 – Saída do BBB de Nego Di: 1,8 milhão de menções no Twitter; 2 – O surto de deputado bolsonarista, 1 milhão de menções; 3 – A vacina da Covid, que acabou e tornou-se um sonho de verão: apenas 100 mil menções. A repercussão do caso e as instituições nele envolvidas (STF, Exército e Câmara dos Deputados) também deixam um cheiro de pólvora no ar.
Deixaria a boca torta
Ao revelar ao jornalista Josias de Souza ser contra negociar acordo com a Câmara para relaxar a prisão do deputado Daniel Silveira, o decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio Mello, sentenciou:
— Esse cachimbo eu não fumo. Não ocupo uma cadeira voltada às relações públicas. Eu sou juiz.
Calculou mal
Bravateiro, o deputado Daniel Silveira garantiu que só ficaria na prisão um dia. Ficou dois.
