Chefe da milícia do Morro da Covanca, na Zona Oeste, é preso – Povo na Rua
         

Chefe da milícia do Morro da Covanca, na Zona Oeste, é preso

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A Polícia Civil prendeu, na última quinta-feira (8), o miliciano Leonardo Freitas Pacheco Silva. Ele é suspeito de chefiar o grupo paramilitar que controla a comunidade do Morro da Covanca, no Tanque, na Zona Oeste do Rio.
Conhecido como Léo Problema ou Leozinho da Boiúna, ele foi preso por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) numa casa no município de Magé, na Baixada Fluminense.

“Essa prisão é muito importante no combate às milícias do estado do Rio de Janeiro, especialmente, em Jacarepaguá, tendo em vista que, segundo os dados de inteligência da Draco, ele estava liderando atualmente a comunidade da Covanca, que vem sendo palco de sangrentas guerras com a facção Comando Vermelho”, disse o titular da Draco William Pena Júnior. Segundo a polícia, Leonardo era foragido da Justiça desde 2017.

“Ele tinha contra si cinco mandados de prisão pendentes. Pelos crimes de homicídio, sequestro e ocultação de cadáver. Além disso, ele foi flagrado na posse de uma pistola Glock calibre 40”, disse o delegado. “É mais um baque na milícia, e as investigações vão continuar para saber o que ele fazia naquele bairro. Considerando que a prisão dele foi numa casa, que pode ser considerada uma casa de luxo e estava também com carro blindado”.

Segundo a polícia, havia uma disputa entre Leonardo e o também miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que está preso no Rio Grande do Norte. Orlando é acusado de assassinar o irmão de Leonardo, Rafael Freitas Pacheco Silva, em novembro de 2015.

Em 2016, dois homens ligados a Orlando Curicica — Renato Araújo Ignácio e Anderson de Souza Comper — foram executados. Leonardo é um dos acusados, além do ex-PM William Bicego, que foi preso no sábado (3) pela Draco. Em territórios cada vez mais dominados pelas milícias, a prisão de mais um integrante do grupo representa para a polícia um novo capítulo na luta contra o crime organizado. “Essa prisão é muito importante no combate às milícias do estado do Rio, especialmente, em Jacarepaguá”, disse Pena Júnior.