Estilista consagrado e queridinho de personalidades, Carlos Tufvesson assumiu o desafio de atuar na esfera pública em 2011, quando assumiu pela primeira vez a Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual (CEDS). Agora, em 2021, ele retoma o trabalho no órgão – agora Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual -, à convite do prefeito Eduardo Paes e se diz preparado para desafios que não estavam presentes na sua primeira passagem na pasta.
Entre os projetos para a sua segunda temporada na CEDS, estão a reestruturação do programa Rio Sem Preconceito – elaborado por ele em 2011 -, a volta dos atendimentos jurídicos aos cidadãos LGBTI+ que tenham seus direitos violados e criar mecanismos que ajudem essa população em meio à pandemia.
Sobre possíveis dificuldades como a crise orçamentária que atinge todo o estado ou a onda de conservadorismo que avançou no país nos últimos anos, Tuvfesson se diz preparado.
“Temos experiência. Foi uma construção sólida de um trabalho importante, especialmente numa época de muito desentendimento sobre a questão dos direitos civis LGBTI+. Trouxemos muitas pessoas não-LGBTI+ para a causa. A CEDS nunca possuiu dotação orçamentária. Sempre trabalhamos com orçamento bem baixo para o nível do resultado que apresentávamos. O que tínhamos, e que bom que voltamos a ter, é um prefeito que respeita os direitos humanos. Agora vamos reestruturar o órgão”, diz.
Uma das soluções que não precisam de dinheiro e já está em andamento, segundo Tuffvesson é a parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, que criou um abrigo provisório no centro da cidade para o acolhimento de LGBTs em situação de rua. A CEDS vai fazer uma visita técnica e ver de que modo pode ajudar/encaminhar os abrigados.