O aplicativo “Rede Escola”, desenvolvido pela Polícia Militar para o acionamento de viaturas em caso de emergência dentro das escolas, permitirá que a equipe mais próxima seja acionada em até dez segundos. O serviço foi lançado nesta segunda-feira no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio. Disponível para Android e iOS, o usuário cadastrado — que pode ser aluno ou funcionário — poderá pedir socorro em apenas um clique.
Para acionar a polícia pelo aplicativo, é preciso, primeiramente, realizar o cadastro. Além de nome completo, telefone, CPF, data de nascimento e e-mail, é necessário informar qual a ligação do cadastrado com a escola em questão: se aluno ou um profissional (neste caso, será necessário informar a função exercida). A pessoa que se cadastrar poderá registrar vínculo a até três unidades.
Para evitar trotes e garantir que o pedido de socorro seja feito com apenas um clique, o aparelho telefônico de acesso precisa estar em um raio de até 500 metros de distância da unidade escolar. Depois de ser cadastrado no aplicativo, basta acionar um botão vermelho na parte inferior da tela.
— Esse é o único aplicativo que temos conhecimento que reúne todas as unidades escolares de um estado — comemorou a secretária de Educação, Roberta Barreto, no discurso em que agradeceu à área de Tecnologia da Informação (TI) da PM pelo desenvolvimento.
Segundo o secretário de estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, foram destinados R$ 50 milhões ao setor de TI da corporação em 2022, valor que deve se repetir este ano. Também faz parte do programa de prevenção à violência nas escolas o treinamento com “orientações básicas caso aconteça algum tipo de situação” a profissionais da educação. Ao todo, já foram treinadas 4,4 mil pessoas.
Anunciado em março, com prazo inicial de até 60 dias para estar em funcionamento, o lançamento da ferramenta atrasou “devido à necessidade de ouvir profissionais da área no sentido de aprimorar a qualidade do produto”, segundo explicou o Cláudio Castro. O governador disse ainda que está em processo de licitação a contratação de porteiros para as unidades estaduais.
— A ideia do aplicativo não é tirar a autonomia da escola e das pessoas para resolverem seus conflitos. Isso tem uma regularidade que (abarca) as delegacias de polícia, que as pessoas devem ir e fazer (registro). O aplicativo vem de uma questão de emergência de segurança pública — explicou Castro.