O blindado da Polícia Militar que estava nas proximidades da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, quando Marcelo Guimarães, de 38 anos, foi morto a tiro, na última segunda-feira, passou por uma perícia na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na manhã de ontem. Parentes da vítima estiveram na especializada. Dois fuzis que estavam com agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) foram apreendidos e enviados para a perícia. Um projétil será comparado a essas armas.
O enterro de Marcelo aconteceu na tarde de ontem, no Cemitério de Inhaúma, naquele bairro da Zona Norte. Ele foi atingido por um tiro quando passava de moto pela na Rua Edgard Werneck. Funcionário de uma marmoraria, Marcelo tinha acabado de deixar o filho caçula, de 5 anos, numa escolinha de futebol quando foi ferido.
Uma pessoa contou à polícia que viu quando Marcelo foi atingido. Segundo a testemunha, o disparo foi a curta distância e partiu do blindado da PM que estava parado sob um viaduto da Linha Amarela:
“Dois policiais entraram no caveirão segundos antes de o Marcelo passar de motocicleta. Eu vi o momento em que o cano de uma arma saiu (de uma das portilhas do veículo) e o disparo foi feito. Acertou em cheio o peito do rapaz”.
A PM apresentou outra versão para o que aconteceu. De acordo com a corporação, bandidos que estavam na Cidade de Deus atiraram contra o blindado e os policiais reagiram, dando início a um confronto durante o qual Marcelo foi ferido. Ainda segundo a PM, além das investigações da DHC, um Inquérito Policial Militar (IPM) apura as circunstâncias em que Marcelo foi morto.
Na manhã de ontem, o governador em exercício Cláudio Castro prestou solidariedade à família de Marcelo em seu perfil no Twitter. Ele escreveu que é seu “compromisso estar perto do cidadão nesse momento de dor” e que determinou que a Subsecretaria de Vitimados acompanhe os familiares e amigos da vítima. Acrescentou que “todas as circunstâncias em que este crime ocorreu estão sendo apuradas, e os envolvidos serão punidos”.BLINDADO PERICIA