Diana Pires
Após ter tido a casa no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, invadida por assaltantes, na última quarta-feira, dia 4, o funkeiro Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, o MC Poze do Rodo, usou seu perfil numa rede social para comentar o caso: “Tem nada não, da covardia nem Deus escapou. Minha família em primeiro lugar! O que levou mando comprar tudo de novo, tá suave! Tem mais Deus pra dar do que o diabo pra tirar”. Durante o assalto, Poze foi algemado pelos bandidos, que levaram dinheiro e joias. Na residência, estavam também a sogra e a mulher do cantor e a filha do casal, de apenas 1 ano.
Ao chegarem à casa, num condomínio de luxo no Recreio, por volta das 10h, os bandidos algemaram o MC, que estava dormindo no quarto. Na sala do imóvel, a família também foi rendida. Ninguém ficou ferido. Os criminosos conseguiram fugir em um carro. Poucas horas após o assalto, Poze do Rodo foi na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) prestar depoimento, acompanhado da advogada.
“Quando cheguei na casa, junto ao meu marido, foi que tiramos as algemas. Os bandidos não agiram com violência. Prestamos a queixa, e os fatos estão sendo apurados”, afirmou Sílvia de Oliveira Martins, advogada do cantor.
A defesa apresentou ainda, na delegacia, a algema usada pelos criminosos para prender o MC. Procurada, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o caso.
Em setembro deste ano, a Polícia Civil descobriu um plano da milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, para sequestrar Poze. De acordo com as investigações, Ecko — o miliciano mais procurado do estado — ofereceu R$ 300 mil ao PM Igor Ramalho Martins, preso por envolvimento com a milícia, pelo sequestro. O cantor seria executado.
Igor teria esperado o funkeiro próximo à Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, com uma viatura da Polícia Militar, mas não conseguiu concretizar o crime.