Anvisa aprova liberação da CoronaVac e Oxford – Povo na Rua

Anvisa aprova liberação da CoronaVac e Oxford

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na tarde deste domingo, os dois pedidos para liberação do uso emergencial das vacinas CoronaVac e Oxford contra o coronavírus. Os imunizantes são desenvolvidos pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A primeira diretora a votar foi a relatora do pedido para uso emergencial das vacinas, Meiruze Freitas. Em seguida, foi a vez de Romison Mota, depois de Alex Campos, garantido maioria para a liberação.

Na abertura da reunião, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que é preciso mudar o comportamento social em razão da pandemia: “O inimigo é um só. A nossa chance, a nossa melhor chance nesta guerra passa, obrigatoriamente, por uma mudança de comportamento social, sem a qual, mesmo com vacinas, a vitória não será alcançada”, declarou.

Na terça-feira (12), a o Instituto Butantan informou que a CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil. Os testes preliminares da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca também foram publicados, e os resultados apontaram eficácia média de 70,4%.

Negra, mulher e enfermeira

A primeira pessoa escolhida para tomar a Coronavac, vacina do laboratório chinês Sinovac , em parceria com o Instituto Butantan, é uma mulher, negra e enfermeira. Mônica Calazans, de 54 anos, trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Do grupo de risco, ela é obesa, hipertensa e diabética. Moradora de Itaquera, na zona leste da capital, ela trabalha em dias alternados, em escala de 12 horas.

Mesmo com comorbidades, em maio, no auge da pandemia da Covid-19, ela decidiu se inscrever para as vagas de enfermagem abertas no regime de CTD (Contrato por Tempo Determinado). E escolheu o Emílio Ribas para trabalhar.

Viúva, ela mora com o filho, de 30 anos. Além disso, ela cuida da mãe, de 72 anos, que vive sozinha em outro imóvel. Cuidadosa, até a agora ela não foi contaminada pelo vírus.

O pedido do Instituto Butantan, apresentado em 8 de janeiro, é referente a 6 milhões de doses importadas da vacina Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac. O instituto também desenvolve a vacina no Brasil.

Já o pedido da Fiocruz, também do dia 8, é referente a 2 milhões de doses importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e pelo laboratório AstraZeneca. A Fiocruz também desenvolve a vacina no Brasil.