Na abertura da reunião, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que é preciso mudar o comportamento social em razão da pandemia: “O inimigo é um só. A nossa chance, a nossa melhor chance nesta guerra passa, obrigatoriamente, por uma mudança de comportamento social, sem a qual, mesmo com vacinas, a vitória não será alcançada”, declarou.
Na terça-feira (12), a o Instituto Butantan informou que a CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil. Os testes preliminares da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca também foram publicados, e os resultados apontaram eficácia média de 70,4%.
Negra, mulher e enfermeira
A primeira pessoa escolhida para tomar a Coronavac, vacina do laboratório chinês Sinovac , em parceria com o Instituto Butantan, é uma mulher, negra e enfermeira. Mônica Calazans, de 54 anos, trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Do grupo de risco, ela é obesa, hipertensa e diabética. Moradora de Itaquera, na zona leste da capital, ela trabalha em dias alternados, em escala de 12 horas.
Mesmo com comorbidades, em maio, no auge da pandemia da Covid-19, ela decidiu se inscrever para as vagas de enfermagem abertas no regime de CTD (Contrato por Tempo Determinado). E escolheu o Emílio Ribas para trabalhar.
Viúva, ela mora com o filho, de 30 anos. Além disso, ela cuida da mãe, de 72 anos, que vive sozinha em outro imóvel. Cuidadosa, até a agora ela não foi contaminada pelo vírus.
O pedido do Instituto Butantan, apresentado em 8 de janeiro, é referente a 6 milhões de doses importadas da vacina Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac. O instituto também desenvolve a vacina no Brasil.
Já o pedido da Fiocruz, também do dia 8, é referente a 2 milhões de doses importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e pelo laboratório AstraZeneca. A Fiocruz também desenvolve a vacina no Brasil.