O lado ímpar do Rio – Povo na Rua
         

O lado ímpar do Rio

Ainda está escuro, mas um pequeno grupo já se reúne em um ponto da orla do Rio. Com remos nas mãos, eles se preparam para uma aventura: assistir em alto-mar, a bordo de uma canoa havaiana, ao nascer do sol. O pano de fundo pode ser o Pão de Açúcar, a Pedra da Gávea ou o Cristo Redentor, entre tantos outros. A reação, no entanto, é sempre a mesma. De puro deslumbramento. Desde setembro, quando a Kanaloa Rio passou a oferecer passeios de canoa polinésia, essa cena se repete cerca de 30 vezes por semana. Sempre ao amanhecer ou ao pôr do sol.

“Todo o mundo já viu a beleza do mar a partir da orla. O que oferecemos na Kanaloa Rio é o prazer de descobrir o Rio de um ângulo diferente, olhando do oceano para a terra firme”, afirma Raphael Magalhães, um dos sócios.

Para embarcar nessa experiência, não precisa ser atleta. Nem sequer saber remar. Basta escolher um local de partida e subir a bordo. As canoas saem de quatro pontos na orla: Marina da Glória, Recreio dos Bandeirantes, Lagoa de Marapendi e Quebra-mar da Barra da Tijuca. Há ainda a opção de navegar pelo mar de Angra dos Reis, de onde partem embarcações da Kanaloa Rio rumo às praias únicas da Costa Verde. A intenção agora é expandir também para Niterói e Búzios. Toda a experiência é registrada em vídeo e em foto e as imagens fazem parte do pacote.

“Queremos justamente proporcionar diferentes experiências aos nossos clientes. Um dia ele pode assistir ao amanhecer olhando para o Pão de Açúcar e, no outro, tem a oportunidade de ver o pôr do sol nas águas da Baía da Ilha Grande”, conta  Nilson Pellegrini, outro sócio da Kanaloa Rio.

Os destinos podem ser muitos: Forte Lage, na entrada da Baía de Guanabara com o Pão de Açúcar de um lado e o Forte Santa Cruz, em Niterói, do outro; as Ilhas Tijucas; o Parque Chico Mendes e praias mais selvagens da Zona Oeste. Os passeios levam, em média, duas horas e incluem paradas para mergulhos em diferentes pontos.

A iniciativa de proporcionar experiências especiais em alto-mar começou por acaso. Um dos sócios promovia passeios de SUP (Stand up Paddle) e dava aulas de treinamento funcional. Outro, no segundo semestre de 2020, comprou uma canoa havaiana e começou a fazer passeios com a família e amigos próximos, saindo do Recreio. Aos poucos, o movimento atraiu a atenção de banhistas que ficavam curiosos e pediam “caronas”. Em setembro, o que era só diversão virou negócio com a inauguração da Kanaloa Rio, uma forma de compartilhar as delícias do mar com quem tem vontade de se aventurar.

Em tempos de pandemia, a empresa está reforçando os cuidados com as medidas sanitárias. Apesar de a atividade ser realizada ao ar livre, o que reduz as chances de contaminação, todo o material utilizado como coletes salva-vidas e remos são higienizados e o uso de máscara pelos participantes é exigido.

Criada no triângulo polinésio, conjunto de ilhas do Pacífico, a canoa Polinésia – canoa havaiana (Outrigger Cannoe) ou Va’a, como também é conhecida – tem um formato peculiar, com um segundo casco que serve de estabilizador e permite a combinação de velocidade com estabilidade. Desenvolvida para ser meio de transporte, ela se tornou ferramenta para uma prática esportiva muito procurada pelas pessoas que gostam de aventura e de ter contato próximo à natureza.

Quem se apaixonar pela experiência, pode seguir adiante com aulas e muito treino. A Kanaloa Rio é o único clube de canoa havaiana com diversas bases ao longo da orla da cidade: Marina da Glória, Quebra-mar da Barra da Tijuca, na Lagoa de Marapendi atrás do Rio Design Barra e no posto 12 do Recreio dos Bandeirantes. E o aluno pode remar a cada dia em um ponto diferente, com canoas para 6 ou 4 lugares, ou com um modelo de especial para surf. Tudo para que apaixonados pelo Rio de Janeiro e pela natureza apreciem e vivam o lado ímpar da cidade.

Mais informações: https://kanaloario.com/