A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) parou de captar água do Guandu após reclamações de gosto de terra. A interrupção das atividades foi feita na noite de quinta-feira (18) e a previsão é religar o sistema ainda na manhã desta sexta-feira (19). Com a paralisação, o abastecimento pode levar até 48 horas para ser normalizado.
A empresa admite que a concentração de geosmina vem aumentando nos últimos dias e detalhou serem três fatores que levam à proliferação de algas nos mananciais: água parada, presença de nutrientes e luz solar.
A interrupção é uma manobra preventiva para renovação da água da lagoa próxima à captação da estação de tratamento.
A companhia abriu as comportas da estação de tratamento para escoar a água e tentar reduzir a quantidade de algas.
Segundo a Cedae, a obra de proteção da tomada d’água, que deve solucionar em definitivo este problema, está em processo de elaboração de edital e vai ser licitada nos próximos três meses.
Consequências
A Cedae disse que imóveis com sistema interno de reserva (cisterna e/ou caixa d’água) não devem sofrer desabastecimento.
No entanto, áreas que estejam na “ponta do sistema”, disse a companhia, e em locais mais altos, o abastecimento pode levar até 48h para ser normalizado.
Hospitais e outros serviços essenciais serão abastecidos com carros-pipa, se houver necessidade, de acordo com a Cedae.