O comércio varejista da cidade do Rio de Janeiro pode perder R$ 4,6 bilhões em receitas de vendas neste ano por conta do excesso de feriados, sendo 12 em dias úteis com possibilidade de virar os famosos feriadões. Cada dia parado representa perda média de cerca de R$ 385 milhões para o setor. A informação havia sido adiantada pela Coluna Voz do Povo, de Aziz Ahmed, na edição da última terça-feira. A estimativa é do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, que não considerou os feriados decorrentes do Carnaval, que tem previsão de ser realizado em julho.
Com os feriados, o ano ficou com apenas 353 dias comercialmente úteis, sem contar os dias enforcados com o chamado prolongamento. Novembro (três feriados com possibilidade de prolongamentos) será o mês mais prejudicado. Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, os treze feriados do ano e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente as lojas de rua que são as que mais sofrem, especialmente o Centro da capital, que fica completamente deserto.
Com os chamados “enforcamentos” há a possibilidade de o cidadão folgar 17 dias, incluindo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana. “Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio, que já vem sofrendo os danos causados pela pandemia. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender; os prestadores de serviços e autônomos, e também o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, eles podem perder até um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício, principalmente no momento que enfrentamos uma pandemia que ninguém sabe quando vai terminar”, conclui Aldo.