Uma operação da Polícia Civil, que aconteceu ontem, visa a cumprir mandados de busca e apreensão contra pessoas envolvidas na morte de Fernanda Rodrigues da Silva, a MC Atrevida.
A funkeira morreu em julho, após realizar procedimentos estéticos em uma clínica em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Segundo o delegado-titular da 20ª DP (Vila Isabel), as buscas acontecem em Nilópolis, na Baixada Fluminense, numa outra clínica de Wania Tavares, conhecida como “Rainha das Plásticas”, dona do espaço em Vila Isabel.
A investigação da 20ª DP (Vila Isabel) – que contou com depoimentos de outras mulheres atendidas na clínica – comprovou a responsabilidade de Wania e do médico que realizou o procedimento na cantora, Wilson Ernest Garlaza Jara. Ambos foram indiciados por homicídio doloso (quando não há intenção de matar). A proprietária responderá, ainda, por exercício ilegal da medicina majorada e fraude processual majorada.
Wania teve a prisão preventiva pedida à Justiça pelo delegado e Wilson, a prisão domiciliar, por estar com a saúde debilitada e também pela idade, 77 anos. Mas neste primeiro momento, foram concedidos os mandados de busca. O laudo pericial do material encontrado nesta terça será anexado ao inquérito e Cristiano Maia o reenviará para a Justiça. A clínca de Wania em Vila Isabel permanece interditada. O delegado deve pedir, agora, a interdição do espaço em Nilópolis.
Além deles, a investigação também revelou a participação de uma terceira pessoa nos procedimentos estéticos realizados na clínica: um eletricista e motorista de transporte por aplicativo. Orientado pela dona do estabelecimento, ele teria destruído e subtraído provas e alterado o local do crime para esconder provas. Ele também foi indiciado por exercício ilegal da medicina majorada e fraude processual majorada.
MC Atrevida tinha 43 anos quando morreu. Ela havia feito uma hidrolipo com enxerto – foi retirada gordura das costas e aplicada nas nádegas. Uma amiga contou, à época, que a cantora começou a passar mal logo após o procedimento.