Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada ontem, mostra o que o tracking diário já vinha registrando desde da última segunda-feira: a candidatura do prefeito Marcello Crivella (Republicanos) está se recuperando e apresenta viés de alta desde que recebera o apoio explícito do presidente Jair Bolsonaro. O quadro começa a mostrar novamente a possibilidade de um segundo turno entre o líder Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos).
De acordo com a pesquisa, Paes lidera com 31%. E o prefeito Crivella e Martha Rocha (PDT) disputam o segundo lugar. O cenário é de estabilidade nos resultados gerais, comparado à pesquisa divulgada há duas semanas. Alguns indicadores, porém, mostram sinais de efeitos negativos na candidatura de Martha após ela se tornar alvo preferencial dos principais adversários.
O candidato do DEM tem 31% da preferência dos eleitores da cidade que governou de 2009 a 2016, se mantendo estável em relação à pesquisa anterior, quando registrou 28% das intenções de voto.
Crivella e Martha seguem empatados tecnicamente, com 15% e 13% das intenções de voto, respectivamente. O prefeito oscilou dois pontos percentuais positivamente em relação ao último levantamento, divulgado há duas semanas. A pedetista ficou estável.
Em empate técnico com Martha está também a deputada federal Benedita da Silva (PT), com 8% no levantamento —ela, porém, não alcança o atual prefeito na margem de erro. A petista tinha 10% na pesquisa anterior.
O Datafolha ouviu presencialmente 1.064 eleitores nos dias 3 e 4 de novembro. A pesquisa, em parceria com a TV Globo, tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Num terceiro grupo estão Luiz Lima (PSL), com 5%, Renata Souza (PSOL) e Bandeira de Mello (Rede), ambos com 3%.
Aparecem com 1% das intenções de voto Clarissa Garotinho (PROS), Fred Luz (Novo), Cyro Garcia (PSTU) e Paulo Messina (MDB). Não alcançaram 1% os candidatos Henrique Simonard (PCO), Glória Heloíza (PSC) e Suêd Haidar (PMB).
Declararam que pretendem votar em branco ou nulo 16%. Outros 3% se disseram indecisos.
O levantamento foi feito após Crivella usar na televisão vídeo de apoio gravado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), principal aposta da equipe do prefeito nesta reta final.