A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transportes (Agetransp) notificou a Secretaria Estadual de Transportes sobre o aumento de passageiros no metrô do Rio. A fiscalização mostrou que o teto de 60% de ocupação durante a pandemia está quase sendo ultrapassado nos horários de maior movimento.
A Agetransp diz que a situação da Linha 2 é a mais grave. O trecho Pavuna-Botafogo recebeu, em média, no período entre 1º e 18 de outubro, no horário das 7h às 8h, mais de 13 mil passageiros — a capacidade máxima é de 22 mil pessoas por hora – e vem aumentando.
Segundo a agência, o metrô está operando com o menor intervalo possível, nos horários de pico, que é de 4 minutos e 30 segundos.
A curva da taxa de ocupação do horário de rush do metrô, segundo levantamento feito pela Agetransp, mostra uma tendência de aumento gradual desde o início de outubro. No dia 1º, a taxa de ocupação máxima registrada foi de 53,5% da capacidade. No dia 14, o percentual chegou a 57,9%.
Os dados mostram que os horários mais sensíveis, prestes a ultrapassar 60% de ocupação, estabelecido em decreto pelo governo do RJ, são na parte manhã, entre 6h e 10h, principalmente, na Linha 2. O passageiro José Luiz Nascimento diz que no início da pandemia os trens da Linha 2 do metrô estavam bem mais vazios. “No começo estava mais vazio. Agora, está enchendo mais, tem mais gente, agora não tem mais lugar para sentar. Eu mesmo vou em pé todo dia. E quando chega em Coelho Neto, enche mais”, disse o passageiro que pega o metrô na Pavuna.
Outra passageira, Maria da Guia, que pega o metrô diariamente na estação Pavuna, também percebe esse aumento gradativo de passageiros no transporte. “Agora, está um número maior de pessoas. Chega assim 6h30, 7h, não tem como sentar. Aqui na Pavuna não tem como sentar”, disse.
Nos demais horários, segundo o estudo, há disponibilidade de vagas nos trens do metrô. Ainda segundo a Agetransp, em média, nos dias úteis, o Metrô Rio transportou 380 mil passageiros por dia, entre os dias 1º e 18 de outubro. O Metrô Rio informou que está circulando abaixo do limite de ocupação estipulado pelo governo do estado e que, na última quarta-feira (21), a queda do número de passageiros foi de 58%.
O Metrô Rio disse ainda que trabalha com a oferta máxima possível de trens nos horários de pico e que um documento da Agetransp, de 14 de outubro, disse que a capacidade de 60% de ocupação não foi atingida.