O fim de semana passado começou com uma notícia que deixou a torcida do Fluminense com a pulga atrás da orelha. O “Blog do Paulinho” publicou reportagem acusando o presidente do tricolor, Mário Bittencourt, de praticar uma espécie de “rachadinha”, na qual 20% dos valores repassados a um patrocínio seriam utilizados para pagar pessoas do Fluminense, “do presidente a funcionários”. O jogo para o qual as cotas de patrocínio foram negociadas foi a final do Carioca entre Fluminense e Flamengo. Um dia depois, no sábado, o Fluminense desmentiu a acusação e avisou que tomará as medidas judiciais.
Confira a nota do clube:
Na tarde desta sexta-feira, circulou na redes um post com grave acusação a profissionais do Fluminense, produzido por blog cujo autor já foi processado, condenado e preso por crimes contra a honra.
Na referida postagem há supostas acusações, elaboradas de forma enganosa, comportamento típico daqueles que não tem compromisso com a verdade. Na linguagem de hoje, trata-se de fake news.
A postagem afirma que o dono da empresa que veiculou anúncios e um sorteio durante uma transmissão de jogo fez acusações, mas o texto deixa claro que as declarações são de terceira pessoa, muito provavelmente do pretenso intermediário da operação que foi afastado por inconformidades detectadas pelo departamento jurídico na apresentação de documentos.
Quem também emitiu nota oficial sobre o assunto foi Diego Perez, responsável pela denúncia do suposto esquema de corrupção no Fluminense. Ele afirma que tem todas as provas do suposto esquema e ainda diz que está sendo ameaçado de morte por um dos envolvidos na questão. Diego Perez também faz questão de criticar a nota oficial do Fluminense.
Confira trechos da nota:
“Sou Diego Perez, responsável pelas denúncias no blog do Paulinho. O motivo da denúncia não é político, não tendo eu a mínima intenção de gerar problemas ao Fluminense. O caso mereceu repercussão, sim, em razão de ter sido eu, realmente, ameaçado de morte pelo sócio da empresa Live Sorte, ameaça também feita aos meus familiares. E essa ameaça foi tão contundente que eu estou confinado em meu apartamento há mais de 30 dias, tendo eu tido, inclusive, problemas que me levaram à buscar socorro hospitalar.
Sobre a matéria, confirmo a veracidade dos prints e dos áudios. Eu tenho comigo todos os áudios, imagens e, inclusive, documentos ainda não divulgados, me colocando à disposição de todos os órgãos legais e das autoridades constituídas para uma eventual perícia, caso necessário.
Quanto à nota oficial do Fluminense, a vejo como lamentável, merecendo o meu repúdio, pois ao invés de censurar o representante da empresa Live Sorte pelo o áudio divulgado, o clube optou por apoiar o seu parceiro de negócio, apesar de saber que aquela voz era exatamente a dele. Essa mesma nota oficial diz não ter feito negócio comigo, em razão da existência de inconformidades jurídicas. Ocorre que, no sábado de manhã, véspera do FlaxFlu, fui eu que enviei toda a documentação solicitada pelo Dr. Heraldo Yunes ( VP jurídico do Fluminense ), a fim de viabilizar o projeto que, no final, acabou se tornando num negócio que fez com que o clube recebesse uma vultosa quantia financeira. Ora, se havia inconformidade jurídica, como foi que essa transação foi fechada com a mesma empresa e ainda por cima no mesmo dia? Merece ainda repúdio veemente o fato do Fluminense não criticar nem as ameaças de morte sofrida por mim.