Torcedores do Peñarol provocam caos na praia do pontal
Foto: Reprodução TV Globo
A confusão com torcedores do clube uruguaio Peñarol, que aconteceu na tarde de quarta-feira (23) e resultou em dois automóveis incendiados e um quiosque depredado na Praia do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, repercutiu na imprensa internacional. A situação foi noticiada por jornais uruguaios, argentinos e espanhóis. Cerca de 250 torcedores aurinegros foram presos.
O uruguaio “O Observador” escreveu a matéria “Prefeito do Rio de Janeiro expulsa torcedores do Peñarol que participaram de ocorrências da cidade: são mais de 200 detidos”, em que condena a postura do governador Cláudio Castro, que “ordenou a intervenção das forças municipais para conter os distúrbios surgidos entre o Peñarol , a Polícia e a torcida brasileira , antes da partida contra o Botafogo pelas semifinais da Copa Libertadores”, descreve o jornal.
O “Olé”, da Argentina, chamou a confusão de “escândalo no Brasil” e destacou a presença de Guillermo Varela, do Flamengo, descrito como “jogador complicado do Uruguai”, no conflito. Também argentino, o site “Infobae” chamou a situação de “confronto violento” e, ainda no título, detalha consequências da confusão, como “veículos incendiados, feridos e dezenas presos”. Embora descreva os atos de vandalismo cometidos pelos uruguaios, critica “vídeos de torcedores brasileiros roubando pertences dos uruguaios no ônibus que foi incendiado”.
O “El País”, jornal com presença em diversos países da América do Sul e na Espanha, optou por uma abordagem preocupada com os torcedores que “não têm mais ponto de encontro no Rio: recomendação do clube e passos a seguir”, diz o título da reportagem. A confusão é classificada como “grave distúrbio” e o jornal salienta que “os 4 mil torcedores aurinegros não têm local para se reunir e muitos irão por conta própria ao Estádio Nilton Santos”.
Por outro lado, o portal espanhol “Diário AS” defendeu a postura policial: “Seguidores uruguaios atacaram a Polícia Militar brasileira no Rio de Janeiro com paus, pedras e garrafas, que responderam com bombas de fumaça”, descreve na matéria. Outro jornal esportivo espanhol, o “Marca” criticou o acontecido ao descrevê-lo como “batalha campal no Rio de Janeiro”. O início da matéria diz que “o futebol, infelizmente, voltou a ser notícia na América do Sul por motivos não esportivos”.