Ex-secretário de governo, Rafael Thompson fala sobre suas propostas para otimizar a gestão pública no município, com foco na saúde, educação, inclusão social e incentivo à economia local.
Jornalista: Rafael, você tem uma longa experiência na administração pública. Quais são, na sua opinião, os maiores desafios de fazer uma gestão pública eficiente hoje?
Rafael Thompson: Acredito que um dos principais desafios seja justamente a falta de confiança que muitas pessoas têm nos gestores públicos. A política está desacreditada para muitos, e isso cria uma barreira enorme para quem realmente quer fazer um bom trabalho. Por isso, a experiência e o conhecimento da máquina pública são fundamentais. Não basta ter boas intenções, é preciso saber como colocar as ideias em prática, lidando com as burocracias e os trâmites legais, sem deixar que isso atrapalhe o progresso.
Jornalista: Você mencionou a desburocratização. Como isso pode ser aplicado, por exemplo, na saúde municipal?
Rafael Thompson: A desburocratização é essencial, principalmente na saúde. O sistema atual é travado, demora muito para atender as necessidades básicas da população. O primeiro passo seria acabar com as filas intermináveis do SISREG, propondo um modelo mais ágil de atendimento. Além disso, temos que garantir que as clínicas da família tenham fisioterapia e terapia ocupacional à disposição, descentralizando os serviços e aproximando o cuidado dos bairros mais afastados.
Jornalista: E na educação? Sabemos que vagas em creches são um problema crítico…
Rafael Thompson: Exatamente. A proposta é aumentar em pelo menos 15 vagas nas creches, mas de forma mais ampla, queremos ampliar a oferta de serviços para as crianças e famílias. Além das creches, outro ponto importante é a criação de centros de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica, porque isso impacta diretamente o desenvolvimento social das famílias. Não podemos tratar educação sem considerar a segurança e o bem-estar das mulheres.
Jornalista: E quanto às suas propostas para incentivar a economia local?
Rafael Thompson: Um dos pontos que defendo é a criação de zonas de redução de impostos para bares e restaurantes, incentivando o pequeno empreendedor. Também penso em criar um setor especializado na prefeitura para desburocratizar os procedimentos para empresários e investidores, facilitando o processo de abertura de novos negócios. Isso geraria mais empregos e aqueceria a economia local.
Jornalista: Você tocou em uma questão importante. Falta apoio para os projetos esportivos nas comunidades. Alguma proposta para isso?
Rafael Thompson: Com certeza. Pretendo oferecer material esportivo de qualidade para os projetos que existem nas comunidades, mas é fundamental que esses projetos comprovem ter alunos matriculados. Isso evita fraudes e garante que o recurso seja aplicado da melhor maneira possível, fortalecendo iniciativas esportivas que fazem a diferença para os jovens.
Jornalista: E a segurança? Como você vê a questão do monitoramento e fiscalização?
Rafael Thompson: Um dos meus objetivos é expandir o monitoramento por câmeras e melhorar a gestão dos sinais de trânsito, para reduzir a violência e os acidentes. Além disso, proponho um aumento da fiscalização em ferros-velhos e depósitos clandestinos, combatendo o crime organizado que muitas vezes se esconde nesses locais.
Jornalista: Para finalizar, como você vê a valorização dos servidores públicos nesse contexto?
Rafael Thompson: O servidor público é a base da gestão municipal. Precisamos valorizá-los para que prestem o melhor serviço possível à população. Isso passa por salários dignos, capacitação contínua e melhores condições de trabalho. Uma prefeitura que não valoriza seu servidor, não consegue entregar o que a cidade precisa. Vamos trabalhar para mudar isso.
Jornalista: Muito obrigado, Rafael. Suas propostas apontam para um futuro mais eficiente e humanizado na gestão pública.
Rafael Thompson: Eu que agradeço! Vamos juntos construir uma cidade mais justa e com oportunidades para todos.