Metade do ano letivo já passou e muitos estudantes precisam compensar, na reta final, dificuldades que tiveram ao longo do primeiro semestre. O momento agora é de se organizar para aprender o que não foi assimilado, dar conta dos novos conteúdos e fazer provas com mais tranquilidade. No caso dos que estão no último ano, é preciso ainda se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece nos dias 3 e 10 de novembro.
Estabelecer uma rotina de estudos que seja possível de ser cumprida é o primeiro passo, diz Daniel Moraes, consultor pedagógico do LIV, programa de educação socioemocional presente em mais de 700 escolas do Brasil. Ele sugere que crianças e adolescentes, na volta às aulas, tentem se dedicar aos estudos por meia hora, depois da escola. Depois, este tempo pode ser aumentado, de forma gradual. O importante é não deixar o conteúdo visto no dia cair no esquecimento.
Outra dica é fazer mapas mentais ou reescrever aquilo que foi lido ou aprendido para fixar os novos conhecimentos na memória. Muitos estudantes preferem fazer resumos no computador, mas o método antigo, de fazer anotações no caderno, também é eficaz.
Daniel também lembra que, no momento de estudos, alunos que já desenvolveram certas habilidades socioemocionais e a inteligência emocional podem passar pelos desafios com mais tranquilidade.
“O autoconhecimento vai trazer para o aluno o entendimento sobre os seus limites. Ele vai saber qual é o momento de parar de estudar e fazer algo que traga prazer, como um esporte, ouvir música, assistir séries. Identificar os limites de cada um é essencial”, afirma Daniel.
Outra recomendação para os estudantes é criar um ambiente de estudo organizado. Parece besteira, mas deixar separados livros, apostilas e cadernos, evita aquela ansiedade de tentar achar o material em meio à bagunça (e desistir quando não acha).
Para os estudantes que se preparam para o Enem, é importante participar de todas as atividades da escola, como simulados e revisões de provas. Eles podem ajudar a identificar os pontos que precisam ser melhor trabalhados e também tranquilizar os alunos em relação às matérias que já dominam.
E, se mesmo planejando os estudos, a ansiedade for grande, é preciso tentar manter a calma, respirar e saber nomear e identificar de onde vem toda essa pressão. Acolher os sentimentos e buscar uma rede de apoio, seja em família ou no ambiente escolar para falar sobre as suas ansiedades, medos, expectativas e dificuldades, torna o processo mais fácil.
“A autorregulação também é muito importante. Quando bate aquele nervosismo, a ansiedade, o primeiro passo é ter uma respiração consciente. Ela já tende a baixar o seu batimento cardíaco, porque você também vai desfocando daquilo que está acontecendo”, diz Daniel.
A autorregulação também vai ajudar no momento das provas do Enem. “Em vez de ficarem pensando apenas nas questões mais difíceis, os estudantes devem se lembrar do quanto já se prepararam”, finaliza o consultor do LIV.
