A segunda-feira, 15/7, começou com uma mega-operação das Forças de Segurança do Estado do Rio de Janeiro em 10 comunidades de seis bairros da Zona Oeste do Rio. Dois mil policiais civis e militares atuam, por tempo indeterminado, na Cidade de Deus, Gardênia Azul, Rio das Pedras, Morro do Banco, Fontela, Muzema, Tijuquinha, Sítio do Pai João, Terreirão e Cesar Maia. O objetivo da ação é a retomada de territórios e coibir as disputas entre traficantes e milicianos na região, que ocorrem há quase dois anos.
A ação, batizada de Ordo, “ordem” em latim, conta também com o apoio de agentes do Segurança Presente, da Seap (Divisão de Recaptura e de Inteligência), da Prefeitura do Rio e das concessionárias de energia, água e gás, além de operadoras de serviços de telecomunicações e da Guarda Municipal.
Duas aeronaves blindadas sobrevoam as comunidades e são usadas pelos agentes. Entre os equipamentos utilizados pelos policiais estão:
- Drones com reconhecimento facial;
- 200 viaturas;
- 40 motocicletas;
- Ambulância blindada.
- Ainda durante o início da manhã, o governador Cláudio Castro esteve na Base do Barra Presente para passar instruções e comandar a saída dos agentes. “Não existe lugar onde o poder público não entre. As forças de segurança têm feito um excelente trabalho de enfraquecimento das milícias, mas existem, nessas áreas, um cenário de disputa, de guerra, que sabemos que prejudica moradores e empreendedores. Nossa gestão trabalha para a retomada da ordem“, disse.Segundo Castro, os policiais também buscam cumprir mandados de prisão em aberto. “A ação advém de investigações, mas sobretudo do serviço de inteligência que demonstra que a mancha criminal teve um aumento significativo. Retomaremos serviços públicos e combateremos todo tipo de crime, seja patrimonial, público e ao meio ambiente“, reforçou o governador.
Um dos objetivos é combater a lavagem de dinheiro da criminalidade. “Retomaremos os serviços públicos, que infelizmente têm sido utilizados por essa criminalidade com a intenção de obter recursos e lavar dinheiro. Combateremos todo tipo de crime: patrimonial, público, ao meio ambiente. Estamos trabalhando aqui de forma integrada para que demonstremos a essa criminalidade que muito mais forte que o poderio deles é o poder do estado, é o poder da Justiça e o poder de nossas polícias. Vamos sair daqui hoje e demonstrar a esses que estão transviados da sociedade que muito maior que a vontade deles de ter um julgo patrimonial e territorial são as nossas polícias para livrar o cidadão de bem, garantir a ordem e o direito de ir e vir“, afirmou Castro.