A presidente do Instituto Incluir, Carina Alves, ministrará uma roda de conversa com mestres sobre Inclusão e Direitos Sociais no dia 18, e receberá uma Medalha de Mérito da Comissão Organizadora do 8.º Congresso Internacional – “50 anos após abril: Diversidade, Equidade e Inclusão”, que será realizado em Lisboa, no dia 20 de julho. A honraria é concedida para profissionais que, reconhecidamente, apresentam um percurso de vida dedicado à educação, inclusão e equidade de Direitos Humanos, pela organização Pró-Inclusão, que tem como idealizador David António Rodrigues.
Margarida Loureiro é presidente da Pró – Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial- e David Rodrigues é membro da European Network on Inclusive Education and Disability , diretor da revista “Educação Inclusiva”. É membro do Conselho Consultivo da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. E, desde junho de 2015, Conselheiro Nacional de Educação.
Em 2022, o Instituto Incluir conquistou o Prêmio Confúcio de Alfabetização, conferido pela UNESCO Paris e pelo governo da China aos principais projetos de alfabetização no mundo. O projeto do Incluir escolhido foi o Literatura Acessível (idealizado por Carina Alves) que também foi finalista do Prêmio Jabuti, mais importante no segmento da literatura no país.
“Quando recebi o convite para receber uma medalha de Mérito da Pró-Inclusão em Portugal, meu coração encheu de alegria. Perceber que a minha luta reverbera fronteiras é um combustível para a locomotiva da inclusão não parar” destaca a carioca. O projeto faz parte de seu Instituto, o Incluir, que tem como objetivo, promover a inclusão e a participação de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social, sobretudo, pessoas com deficiência, através da cultura, esporte e educação.
*A doutora Carina*
Carina Alves é Doutora em Educação, Psicóloga, escritora, poetisa e ativista social. Ela atua no terceiro setor há mais de 20 anos, marcando presença com seus projetos sociais de geração de renda e no atendimento básico de famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social. Para isso, sua ONG usa além da educação, o esporte e a cultura, como meios de inclusão. “Sempre escrevi poesias, desde a infância, mas só agora me encorajei a mostrá-las”, conta Carina.
O Projeto Literatura Acessível, que ganhou o prêmio da UNESCO Paris, nasceu em 2014, durante a defesa de mestrado em Educação de Carina. Foi como um ‘clique’, quando ela ouviu de uma pesquisadora da banca o que ela faria com as histórias dos jovens com deficiência que ouviu durante a apuração dos dados para sua pesquisa de mestrado. “Uma das doutoras da banca me disse que a base da educação são – as crianças – tinha de aprender mais sobre a diversidade humana e o mundo infantil”, explicou a autora.
“O Instituto Incluir tem três palavras chave: democratizar, transformar e humanizar. A gente quer democratizar por meio da literatura, do esporte, dos atendimentos diretos e indiretos, e com isso transformar a realidade bárbara da exclusão que vivemos todos os dias”, finaliza.