A mina de ouro que o empresário Mário Peixoto encontrou em Duque de Caxias – Povo na Rua
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A mina de ouro que o empresário Mário Peixoto encontrou em Duque de Caxias

Mario Peixoto Caxias

O município de Caxias serve como uma verdadeira mina de ouro para as empresas ligadas a Mário Peixoto, empresário preso na Operação Favorito em maio deste ano e citado na delação do ex-secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Edmar Santos, como um dos protagonistas do esquema de corrupção encabeçado pelo governador do Estado, Wilson Witzel.

De acordo com Edmar, a proximidade entre o prefeito da cidade, Washington Reis, e o empresário fizeram com que Duque de Caxias fosse a cidade escolhida para receber recursos na ordem de R$ 100 milhões, que seriam transferidos do fundo Estadual de Saúde para o fundo municipal de Saúde.

washington reis

washington reis, prefeito de Caxias

Uma das cooperativas que são ligadas ao empresário Mário Peixoto – a Renascer Cooperativa de Trabalho (Renacoop) receberá neste ano o total de R$ 173,4 milhões. Outra cooperativa, que o Ministério Público Federal indica ser controlada por Mário Peixoto, a Cooperativa Central de Trabalho (Cootrab) acumula, desde 2017, entre contratos e aditivos, mais de R$ 187 milhões.

Somados os contratos desde 2017 temos mais de meio milhão de reais pagos pelo município de Caxias às empresas ligadas ao empresário Mário Peixoto. No texto da Procuradoria Geral da República (PGR) no inquérito que investiga o esquema de corrupção no estado do Rio de Janeiro, o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis é citado como intermediário para que a “organização criminosa” ter acesso aos recursos da Saúde fluminense. Isso se daria através do fato de que as empresas ligadas a Peixoto têm contratos na cidade.

Enquanto o povo da cidade de Caxias sofre com o coronavírus, sendo a segunda cidade com mais mortes no estado, as investigações da PGR apontam que a Renacopp, contratada do município para prestar serviços na área de saúde, gastou mais de R$ 11 mil em vinhos, com compra de rótulos que custavam R$ 200 cada. Esse é um dos indícios de que o empresário Mário Peixoto utilizava a cooperativa que ele controlava para desvio de recursos em benefício próprio.

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